1 de abril de 2015

A MELHOR FEIJOADA DO MUNDO !!!



A melhor feijoada do mundo que eu comi na vida foi a da minha preta-gostosa-mãe !!!

Felizes foram aqueles que puderam desfrutar da feijoada da Roxa. Ela fazia um dia antes de qualquer evento e ai de quem não quisesse experimentar. É claro que “esse alguém” não existia. Tinha um tio que era chato pra comidas, menos pra feijoada dela. Era o comentário na família. Não existia igual. E você pensa que ela se conformava só com o feijão? Não. Tinha frango assado e salada pra complementar. Todo  ano, no meu aniversário, era certo. #PARTIUFEIJOADADAROXA. Lá íamos eu e minha turma cair de boca. Já teve gente que saiu de lá carregando folhas de boldo (ela plantava no quintal) nas mãos pra fazer chá em casa de tanto que se refastelava.

Ainda assim, mesmo com tanta admiração, nunca tive vontade de aprender a fazer. Ela queria me ensinar, mas eu sempre fugia. Até que pouco tempo antes dela partir, num dos muitos dias que eu carregava meu “pacote de amor” pra passar uns dias na minha casa, pedi pra ela me ensinar. Eu até quis que ela ficasse sentadinha só me orientando, mas quem “diz que” ela aguentou? Mesmo debilitada, foi ela quem tomou a frente. Me ensinou, sim, mas na prática. Eu que corresse atrás. Da forma mais Roxinha de ser, estava ela lá, animada, dessalgando as carnes e me dando todos os passos. Amava vê-la animada! Como ela era hipertensa, nossa feijoada do dia-a-dia tinha pouca carne pesada. Só carne seca e calabresa. As mais pesadas e suculentas só para as festas !!!

Eu sempre achei que fazer feijão fosse complicado, mas naquele dia entendi que era muito simples. Só bastava ter os temperos e carnes certas. Fiquei curiosa para entender como muitas pessoas conseguiam fazer feijoada sem gosto. Pegar pesado no sal Ok, normal, acontece. Mas feijão com gosto de nada, realmente, é surreal. Como alguém consegue? Talento, né? Talento faz parte do nosso processo evolutivo para tudo nessa vida. Fato. A gente tem para umas coisas e não tem para outras. Fato.

O meu feijão é bala! Vou ficar com essa história de modéstia agora pra quê? É bala mesmo.  Não é o melhor, mas é inspirado nele !!! Sabe aquele velho ditado de que “quem saiu aos seus não degenera”? Semana passada encontrei aqui em Honolulu uma loja que vende alguns produtos do Brasil. Achei carne seca e calabresa. Agora estou aqui em casa fazendo o meu primeiro “feijão haBaiano”. Fazer feijão é sinônimo de lembrar de minha mãe. De lembrar de sua alegria em pegar aquele panelão e encher de ingredientes e de muito de amor. É sempre uma homenagem. Aprendi. Por mim, por ela e pra ela. E a alegria de saber que antes de ir ela experimentou um que eu fiz, não tem preço. Obrigada, mãe !!!

Meu Feijão HaBAIANO !!! Antes e depois...

Meu Feijão HaBAIANO !!! Antes e depois…

Feijão da Roxa

Ingredientes

1 quilo de feijão, carnes variadas para feijão (Carne seca, calabresa, orelha de porco… Você colocar muuuuuuuitas carnes. Peça orientação quando for ao açougue, vai do gosto. O meu é feijão magro), tempero (folha de louro, salsinha, hortelã, caldo para feijão…)

Como fazer:

Coloque o feijão de molho numa vasilha por 2 horas

Dessalgue a carne (coloque  as carnes numa panela, encha de água e deixe ferver… Repita o processo 5 vezes)

Rechie as carnes (com um pouquinho de azeite)

Coloque os temperos (bata tudo no liquidificador)

Coloque o feijão

Encha com água quente e deixe cozinhar. 

PS: Eu não coloco o sal. Deixo o sal da carne e do caldo de feijão. Mas se você quiser, pode colocar mais. Vai do gosto.

Quando estiver pronto, é só servir.

O que dá gosto a um feijão são boas carnes e sua monitoração, experimentando e colocando água quente sempre que precisar.

Boa sorte !!!

Be Sociable, Share!
Categoria(s):
COMPARTILHE:
Comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *