Visita ao Museu de História e Cultura Afro-americano (negro)
Não sei o porquê, mas só agora pude conhecer Washigton DC.
Botei logo na lista uma visita ao Museu de História e Cultura Afro-americano.
Mesmo com a fila enooooorme, tive a sorte de um rapaz, também visitante e agora meu “amigo de infância”, me colocar para dentro.
Já falei que aqui é Preto pra tudo que é canto? É você olhar para o lado de ver. Olhar pra frente e olha só você lá de novo!
Aqui pra nós, desde que cheguei aos Estados Unidos, esse foi o primeiro lugar em que me senti em casa. Tá bom, tá bom. New York também tem seu lugar no meu coração. ??
Entrei animada, iludida que seria uma visita leve. Mas como ter leveza se nossa história nunca foi, neam? Nem sempre triste, pela nossa própria capacidade de se reinventar, mas a maior parte do tempo, pesada. Desde a reprodução de um corredor apertado que dava acesso aos navios negreiros até o conhecimento da história do jovem Emmett, que aos 14 anos, em 1955, no Sul dos Estados Unidos, conhecido pela forte Segregação racial, foi brutalmente assassinado, acusado de assoviar para uma jovem branca, enquanto fazia compras em uma mercearia.
Que história! – “Até, meu bem, provar que não, negro sempre é vilão”
Ele foi espancado, fuzilado, teve os olhos retirados e o seu corpo jogado no rio amarrado a um pedregulho cheio de arame, pelo marido e pelo cunhado da mulher. Quando seu corpo apareceu, sua mãe, bravamente, fez questão de que seu caixão ficasse aberto, durante o funeral, para que todos vissem o que faziam com o povo preto.
Dias depois, os assassinos foram julgados e inocentados. ?Recentemente, a mulher assumiu que Emmett era inocente e que tal história nunca aconteceu.
Isso te lembra alguma coisa?
É exatamente como ainda acontece hoje. Muitas vezes de forma velada, descarada, outras vezes, escancarada mesmo.
Eu fiquei muito mal! Mas também me alegrei. Vi a história de força e garra do nosso povo, a luta pelos direitos civis, a trajetória de Oprah, de Obama, o primeiro presidente negro dos EUA, os esportistas, o espetáculo de “Mágico de Oz”, encenado na Broadway com elenco negro, de heróis do esporte, reis e rainhas, tantas, tantas coisas…
Saí fortalecida, sim. Dolorida também, mas super trabalhada em #WankandaForever
Se puder, vá! Você negro, você branco… VÁ! É muita coisa pra (re)ver, (re)conhecer e absorver! Ouvidos, coração e cabeça abertos! ??✊?♥️
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#blackpeople #blackpanthers #representatividade #negras #blackpower