Bolsas, Beijos e Brigadeiros
Fui apresentada a esse livro quando fui à Saraiva na Noite de Lançamento do livro Incontrolável de Sylvia Day. Como já deu pra perceber, gosto dos livros dela. Eu nem iria, estava FURIOSA com Sylvia, já que esperava ansiosa e há tempos a continuação do que seria a Trilogia e virou a “Quilogia” Crossfire. Mas meu “amor recíproco e saudável” praticamente me obrigou. Alegou que era o momento de chamar ela na “xinxa” e perguntar: “Cadê?”. Fui.
Enquanto esperava a hora, fui fuçando os livros expostos na loja. Então me deparei com essa surpresa. Um agradável surpresa, inclusive. Entendi ali o porquê dessas tardes de autógrafos serem no meio da livraria. Puro golpe. Aí a pessoa compra o livro da pessoa da tarde de autografo e mais um monte que te agrada.
Bolsas, Beijos e Brigadeiros de Fernanda França, me tomou de primeira. A começar pela capa, liiiiiiiiiiiiinda, com desenhos do big ben, da torre eiffel… miudinhos, fazendo referência à pontos turísticos da Europa, um computador, a foto de uma mulher ruiva teclando nele, brigadeiros espalhados em algo que parece uma cama, que me chamou a atenção de imediato. Depois pela sinopse (adooooooooro comédias românticas!) e foi essa a minha impressão. Mas depois fui percebendo que era muito mais do que uma história de romance açucarada. É uma história para quem gosta de viajar, tanto no sentido real como no literal. Me deu vontade de conhecer as outras obras da autora.
O livro fala da viagem de Melissa, uma jornalista especializada em diário de viagens, pela Europa de trem, onde conhece a parte italiana (Peppe e Giusi) de sua família, com quem viaja, desbravando os pontos turísticos de cada lugar. Nessa aventura, também vai Daniel, amigo que ela conheceu quando viajou de carro pelos Estados Unidos (tema do livro anterior Malas, memórias e marshmallows. Ela é apaixonada por Theodoro, um fotógrafo misterioso também especializado em viagens. Mel, como é carinhosamente chamada pela maioria, vai ganhar ao mesmo tempo uma irmã e uma sobrinha.
Se eu pudesse definir o livro com uma frase dele diria: “Enquanto o homem planeja, Deus ri”. E é exatamente isso que acontece, a partir das surpresas já vem mesmo antes de começar, já que no livro a mãe e a cunhada dela já aparecem grávidas e o namorado já sumido. Terei que ler o livro anterior para saber como tudo isso começou. Só acho que do meio para fim começa a ficar enrolado. Dava tranquilamente para terminar antes. É muita explicação, é enrolação. Em resumo: O enredo não se sustenta. A história da menininha que é apaixonada pelo cara, que como muitos, some sem grandes explicações não é nenhuma novidade. É sempre um trauma de infância ou um trauma de amor vivido por alguém que o fez sofrer. Muda, cacique! Acho sinceramente que ficou faltando uma pitada de picardia ou sei lá, algo que não me fizesse pedir para que acabasse logo. Confesso que, por muitas vezes, tive preguiça de continuar. Mas também não é nenhum fim do mundo. O livro é bom, mas não é sensacional. Como disse, ele vai indo bem até que… volta, volta e volta.
Gostei do fechamento inusitado dado a alguns personagens, mas ainda assim acho que para mim faltou novidade, algo que prenda de verdade, que faça a gente ter vontade de correr logo pra casa ou leve na bolsa pra ler.
Mas quero deixar claro que essa é a minha opinião. De qualquer forma, vale a leitura para você tirar suas proprias conclusões. Já baixei Malas, memórias e marshmallows e é claro que vou ler. Inclusive, tenho uma lista de livros para ler. Passou da hora de dar conta.
“Let’s go, Daniela!”