CADA UM TEM A PATRÍCIA QUE MERECE!

CADA UM TEM A PATRÍCIA QUE MERECE!

21 de setembro de 2011

Um funerável, uma família e um roteiro de novela !!! ;-)

Perdi uma titia muito querida ontem. Na verdade, minha tia-avó. Daquelas presentes em todos os  momentos de nossa vida, dessas pessoas carregadas de ousadia e bom humor !!! Tinha um carinho muito grande por ela e, tenho certeza, que ela por mim. A vida da gente vai se encarregando de nos afastar dos entes queridos, às vezes pelo tempo, outras vezes pela falta dele e, de repente, alguém que a gente tinha prometido rever em breve, se vai, sem nos dar a chance de uma despedida. É cruel, mas o tempo não para e a vida é isso aí, TUDO AO MESMO TEMPO AGORA.
Nunca lidei bem com essas histórias de velório, enterro… Não sei como agir, o que falar, esses reencontros, ui, às vezes, doem demais, emocionam demais e, (por que não?) alegram demais. Falo isso porque, ao chegar lá, reencontrei outra tia querida, irmã do meu pai. Que alegria !!! Mas como ter alegria se eu estava num enterro? Falei: “Ô tia, não posso rir, mas é bom demais te ver !!!”. E é LÓGICO que a gente riu.
Aí, mais adiante, reencontrei outra pessoa que há muito não via. Aliás, VÁRIAS !!! Qual é o normal perguntar? “Tudo bem?”. Mas como “tudo bem” se estou num enterro? Puxado. Resolvi adotar só o “Oi!”. É antipático, né? Mas pra quebrar um pouco o “oi” vinha acompanhado de um sorriso e um abraço. Melhorou, né?
Depois veio o momento de falar com minha prima, filha da minha tia morta. Chego, abraço, percebo que ela chora, me emociono também e fico muda. Não consigo dizer “meus pêsames”. Acho u ó. Em mim soa falso. Péssimo também são as pessoas em cima de todos os filhos e netos, falando “Calma, calma…”. Ouvi um deles dizer: “Para de me pedir calma. Eu estou triste. Nervosa eu vou ficar se você continuar me pedindo calma”. Toim, chepo !!! Justo, bem justo.
E outra prima (gente, minha família é enorme!), filha de um tio (já falecido), irmão dessa que morreu, que me encontrou, me abraçou, chorou muito, perguntou por minha mãe e largou a seguinte pérola, em meio a muitos soluços: “Cadê sua mãe? Tenho que fazer uma visita a ela. Tá vendo? Fiquei tanto tempo sem ver minha tia e quando vejo é ela aqui, morta”. Que é, maluca? Não mate minha mãe, não. Vá lá, visite, mas não mate, não.
E a saga para contar aos mais próximos sobre o ocorrido?
Para quem não sabe, minha mãe é hipertensa. Então, minha prima ligou pra me contar e me preparar para contar a preta-mãe. Pensei que não daria tempo de chegar à Cajás antes que algum desavisado ligasse pra ela pra contar, informar sepultamento, enfim… Então, resolvi fazer isso via “Granbel” mesmo. Pedi pra secretária dela a entupir com as mais costumeiras “bombas da tranquilidade” (remédio, suco de maracujá, chuchu…) e liguei. O que eu não sabia é que todos (amiga dela, secretária, cunhado), péssimos atores, estavam se movimentando, me ligando e cochichando perto dela, que, safa, quando atendeu minha ligação, disparou logo: “Qual é a bomba? Toda hora falam com você e não me passam o telefone, é algum problema? O que é?” Emudeci, engoli seco e, gaguejando, disparei, já desarmada: “Tomou suas bombas, mãe? É o seguinte: Ligaram do Posto… Minha tinha morreu”. Isso sem delongas, sem essa história de preparar para o inevitável. Ela já imaginava, só precisava saber o que era. Só pedi pra ela tomar os remedinhos, ficar verificando a pressão e fazer o que tivesse vontade. Sabia que ligaria pra todo mundo, pra desabafar, pra avisar, pra chorar, pra viver sua perda… Soube que, depois, pegou um álbum de fotos, chorou muito, orou e foi viver. Isso inclui resolver como contar a minha avó, me convencer a representar a família no enterro, tornar a ligar para os mais próximos, tomar café (ela não perde o apetite)… Minha mãe tem uma forma muito particular de viver as perdas. E eu acho que nisso eu puxei (e muito) a ela. Não quis ir ao enterro, foi tomar vacina contra a meningite, arejar a cabeça… Queria guardar a imagem de minha tia viva.
Agora, vamos combinar que daria um ótimo roteiro de novela essa história de dar a notícia do falecimento de alguém para as pessoas? A minha prima, por exemplo, errou o nome ao dar para minha irmã. Acontece que a mesma prima prática que me deu a notícia sem rodeios, ao ser advertida por minha madrinha que precisava preparar as pessoas antes de contar, resolveu fazer um rodeio antes de falar. Mas cada qual com o seu talento, né, gente? Despreparada para o momento vaselina, disse que tinha sido minha avó. E quando percebeu gritou: “Desculpe, foi minha tia! Desculpe, desculpe!”. É claro que isso não ajudou, né? Péssimo ser minha avó, mas péssimo também ser minha tia. Pra corrigir só dizendo que “Foi mal, ninguém morreu, não”. Mas, infelizmente, não era o caso.
E minha tia (outra tia, gente, tenho muuuuuuuuuuuuuitas) que pra contar a minha outra prima (tenho pencas também) disse: “Bom, seu avó tá bem, sua avó também…”. Minha prima querendo saber o que tinha acontecido e com quem, já quase caindo dura, e ela dando uma lista de quem estava bem: “Fulano também está bem, Beltrano também…”, até chegar à minha tia. Louca !!! Desvairada !!!
Isso me faz lembrar de quando meu pai morreu e vieram me contar. Eu, “pré-adolescente-metida-a-antenada”, com ele no hospital, vendo horas da noite, em casa, uma movimentação estranha. Mãe pra cá, madrinha pra lá, prima, tia… Pra que tanta gente? Aí, de manhã, alguém me chamou num canto e começou: “Você sabe que a gente nasce, cresce…” E eu: “Meu pai morreu, né?” E a pessoa: “Como você soube?”. Ôoooo !!!  Whatever…
Pois é. A morte é pesada mesmo. É triste, dolorosa… mas acho que minha tia estava desejando por ela. Ela não era derrotada, mas aquela alegria costumeira estava indo embora com a doença. Ela estava bem dodói, bem idosa. Já não podia mais correr o mundo, ser livre… E isso era uma castigo para quem sempre foi como um passarinho. Ela não queria se ver triste. Acredito que ela também não gostaria de ver ninguém pra baixo. Por isso, a decisão de fazer esse post. Quero lembrar dela com alegria !!! Lembrar das festas em que ela carregava os doces pra casa, dentro de sacolas ou twpperware, das danças, dela  vestida elegantemente de branco, dos cabelos brancos, do sorriso, dela xingando as sobrinhas, da casa com cheiro de maracujá… Quando perco alguém, lembro sempre dos versos de Elisa Lucinda: “Deus, com certeza, ri. Não de sarcasmo. Mas pelo costume de ver passar as boiadas. E de olhar pra elas no despencar final das planícies. Pra onde? Só Deus sabe. E é por isso que ele ri”.
Va lá, titia !!!  Beijo, beijo. Te amo… Forever !!! 😉
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19 de setembro de 2011

Claudia Leitte, Rick Martin e outras coisitas

Eu sempre curti Rick Martin. Acho ele lindo, carismático, talentoso e.. agora, ASSUMIDAMENTE gay, está melhor ainda. Quando a pessoa lida com a verdade, inevitalmente, transpira beleza e felicidade, né? Sou fã. Aliás, Rick e Charlie, do grupo Menudo, eram os que eu mais gostava !!! Rooby Rosa também tinha o seu lugar !!! Whatever…
Agora, o que é que ele quer com Cláudia Leitte, minha gente? Que clip horrendo foi esse que acabei de ver no Fantástico? Suuuuuper “forçassão de barra”, ela linda, sensual, ele lindo, sensual, mas nada com nada. Sei que eles nunca saberão disso, mas detestei. Whatever novamente…
Outra coisa bizarra é A Fazenda. A gente pode falar mal do Big Brother Brasil, mas não tem nada pior. O BBB pelo menos tem um padrão, né?A Globo coloca sua marquinha e eu fico no vício. Mas A Fazenda, com Britto Jr. apresentando é de um mau gosto. Tinha uma visão tão boa enquanto estava a frente do Hoje em dia… Os famosos (nem todos) numa exposição sem necessidade, um bando de homem machista e mulher sem amor próprio. Acho, inclusive, que Rachel Pacheco, a ex-Bruna Surfistinha, é a mais fofis entre todos.
Esse tipo de programa só me faz te cada vez mais vontade de combater machistas de plantão. E isso inclui homens, mulheres e quem vier. Antes que os mesmos venham dizer que devera também ser contra o feminismo, devo dizer que, apesar de não ser uma (quase sendo), deixemos as coisas claras:
Enquanto o machismo é uma atitude que vai de encontro ao direito de ir e vir do ser do sexo masculino, o feminismo é uma ato a favor, que não vai de encontro a ninguém. Enquanto os machistas queimam a mulher, os feministas queimam, no máximo, um sutiã.
Em tempo: Você conhece algum feminista homem? Em compensação para machistas não existe gênero, cor, classe social, hora, nem lugar… É tudo ao mesmo tempo agora. Uma vergonha !!! 😉
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19 de setembro de 2011

Blogs e bobagens…

Estou fazendo um curso sobre blog, promovido pelo Núcleo Vagapara e Ministrado por João Cappello… Imagine que serei insuportável quando acabar. Aff !!!
Aguarde !!!
O que é que Salvador quer fria desse jeito?
Aliás, tá tudo muito estranho. Jurava que Dalai Lama era visinho de carneira de Gandhi e qual foi o meu susto quando ouvi a voz desse senhor? Deus é Mais !!!
É ou não é um boogie do milênio?
😉
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7 de setembro de 2011

7 de Setembro… Independência ou morte?

Hoje é de festa ?! 
Dia da Independência do Brasil, dia de desfile que fecha as ruas e faz a gente andar atrás de ônibus, “diz que” nesse dia, as margens do Rio Ipiranga, com as calças nas mãos, o senhor Dom Pedro I, gritou: “INDEPENDÊNCIA OU MORTE !!!”. E parece que foi independência. Não sei pra quem, mas foi.
Engraçado, tenho ouvido, nesses ultimos dias, mais falarem sobre “os 10 anos do 11 de Setembro dos EUA” do que sobre “Independência do Brasil“. Por que será, hein?
Ontem, pensei tanto sobre isso. Ultimamente tenho me sentido tão presa (não só prisão de ventre) que nem nem… Meu amor recíproco e saudável quis ir ontem ao Pelourinho e eu não quis. Pensei na violência, na confusão, na bagunça… que está o Centro Histórico, principalmente, na terça-feira e preferi ficar em casa. Não tão em casa, porque mais tarde me piquei para o Rio vermelho, mas enfim… A gente não livre não. Libertaram e deram independência pra tantas coisas. São tantas as datas. “Diz que” ontem foi o dia do sexo. Ok. Desde quando? Que carência é essa pra ficarem inventando datas? Me poupe, viu? Whatever…
Na verdade, esse monte de ideias soltas é porque quero aproveitar esse post para também dar o meu grito, um gritinho todo trabalhado no dixote, com as calças nas mãos, as margens da “Salvador Ipiranga“, o meu pedacinho de Brasil.
INDEPENDÊNCIA OU MORTE !!!

Salvador LIVRE de João Henrique !!!
Salvador com metrô funcionando e percorrendo, NO MÍNIMO, 20 quilomêtros !!!
Salvador civilizada e sem violência !!!
Salvador limpa !!!
Salvador bem frequentada !!!
Salvador alegre !!!
Salvador com casas de shows respeitáveis !!!
Salvador com um trânsito DECENTE !!!
Salvador com MUITOS TEATROS e TODOS funcionando !!!
Salvador EXTREMAMENTE cultural !!!
Salvador onde artistas vivam BEM !!!
Salvador que entenda que arte também é profissão !!!
Salvador LIVRE de ladrão e homicida !!!
Salvador sem FRIO a noite !!!
Salvador com transporte publico DECENTE !!!
Salvador LIVRE de intolerantes e preconceituosos !!!
Salvador… Salvador, Feliz e Cheia de Coisas Boas !!!
Não, não. Não sou política e nem quero ser. Só QUERO MINHA CIDADE DE VOLTA !!!
Devolva Salvador, minha porra !!!
E como a festa existe dentro de nós, hoje é dia do níver da minha preta-irmã. Amo !!!  Dia de amiga Fabi também. Amo too !!! Beijo para essas duas virginianas do meu coração !!!
E simbora, Brasil !!!
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26 de agosto de 2011

Ninguém morre de solteirice, morre é de maluquice…

Desde que o mundo é mundo foi aprendido e apreendido “machisticamente” pelo homo sapiens, que o homem é o provedor, a mulher é parideira, que o homem solteiro é “o galã cobiçado” e a mulher solteira é “a encalhada ou a puta” e, por mais que as coisas mudem, que os pensamentos avancem, algumas visões parecem andar cada vez mais para trás. Não por causa de quem e/ou do que, sempre lidei bem com o meu “estar solteira”, sem ligar muito para os “achismos” alheios. Acho que, por isso, muita gente ache que não tenho cara de mãe, como se isso pudesse ter uma cara. Enfim… essa é outra questão que não me cabe mais questionar. Cada qual com as suas teorias, que a meu ver, é só preconceito.

Bom, continuando o que estava falando, de repente… todas as minhas amigas casando, ou tendo filhos, ou indo morar junto… e eu, até então, muito bem resolvida com a minha solteirice e posição de mulher independente e pra frentéquis, caí no H de X e diante do primeiro mais ou menos que apareceu no caminho, virei “Totó”. Acho até que já falei sobre isso. Rolou aquela super pressão, sabe? Afinal, passando dos trinta, estava caminhando ou pra “putaria” ou pro “encalho”. Então, a minha historia, que sempre tinha sido “luru, não estou nem aí”, passou a ser “a da engolidora de pilhas”. Foi quando me vi diante de uma maluquice, criando várias historinhas e me alimentando de migalhas.

O pior é que todo mundo passa mais ou menos por isso um dia. Tem gente que coloca a prova até a sua relação com o álcool? Te acusando de algo que, no fundo, nem é problema seu. E sua fase “Reginaldo Rossi”, bebendo pra esquecer ou pra lembrar (de que mesmo?) de passagem por uma “paixão ridícula e adolescentemente tardia”, passa a ser desculpa pra neguinho tentar boicotar um bem importante: a auto estima. E daí pra ridicularizar sua roupa, seu cabelo, seu perfume, seu sotaque, seu mundo… é um pulo. Problema seu? Talvez. Porque é questionável mesmo o amor próprio de alguém que aceita esse tipo de falta de respeito.

Mas como Deus é Mais e Mais, a muluquice, quando vista como maluquice, vai embora na mesma velocidade que veio. Um dia você acorda, olha para o lado e pergunta: “O que foi isso? O que foi que eu vi ali? Pra que tanto esforço por tão pouco?”. Aí você aperta o botão do FODA-SE e volta para o seu mundo, que pode ser cor de rosa, azul, lilás, amarelo, colorido… mas é o seu mundo. E Deus, além de legitimar sua carta de alforria, te presenteia com a sapiência. Essa, dona de uma serenidade incrível, te faz enxergar que seu pior inimigo é o medo. Nesse caso, o medo de não mudar de Estado Civil, medo de não suprir as espectativas alheias. Aí você pensa: “Pra que mudar de qualquer jeito? Pra que mudar pra pior?” É quando, ao invés do medo da solteirice, você passa a entregar a linha de sua vida ao Tempo. Ninguém morre por ser solteiro. Morre por solidão, por desistência da vida, por abandono dos outros e de si mesmo. E de repente, você abre os olhos e se vê diante de um amor recípro e saudável. Um amor que não te mata, que te faz viver, que te levanta. Um amor que você gosta, mas não precisa, que te soma e não te diminui. Um amor que, independentemente do que o futuro lhe reservar, já está valendo.

Não vale a pena insistir numa história em que você está sozinho. Talvez o melhor seja abrir mão. Se sair !!! Não se alimentar de uma comida insossa, em que os temperos nunca são encontrados. Abrir mão e fazer uma nova comida. E assim ter condições até de olhar na cara do sujeito, entender que passou, que tudo foi risível e que você sobreviveu.

O resto é auto ajuda, que também serve, apesar de todos os preconceitos. A gente lê, reflete, se indigna, reler, reflete novamente, conclui e segue adiante.

E tem mais: Não é bom magoar uma mulher e fazer de seu coração de peteca, não. A pior coisa que tem é uma mulher ferida. E como bem li num dos status de uma amiga no face: “Mulheres são anjos. E quando alguém, por maldade, quebra suas asas, elas continuam a voar… de vassouras! Porque são FLEX!”. 😉

Um cheiro.

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