CADA UM TEM A PATRÍCIA QUE MERECE!

CADA UM TEM A PATRÍCIA QUE MERECE!

8 de agosto de 2011

Como amarrar um torso?

Todos nós sabemos (acho) que o torso faz parte do vestiário dos negros vindos da África. Eles são usados de várias culturas, principalmente, pelo povo do candomblé. Na época da escravidão eram utilizados para esconder as cabeças femininas com poucos cabelos ou para que as cabeludas não perdessem tempo tendo que penteá-los. De lá pra cá, o mundo foi razoavelmente mudando, os negros foram “libertados” e a vestimenta foi se espalhando. Uns usam na religião, outros usam no trabalho (baianas de acarajé, baianas turísticas, modelos…), outros usam como características de um povo e muitos outros por estilo.
Adoro descobrir tecidos e colocar meus torsos. Me sinto mais poderosa, mais bicuda, mais segura, mais próxima dos meus… Quem me ensinou a fazer foi Débora Santiago, num dos muuuuuuuuuitos carnavais que passamos juntas, atrás do bloco Os Mascarados. Depois, fui inventando o meu jeito e, hoje dia, uso para quase tudo. Pra uma festa, pra uma peça de teatro, para ir à feira, ao supermercado, à academia, pra religião… Pode ser por estilo, por preguiça de pentear os cabelos… Ele sempre está comigo. Sei que chama a atenção e que nem todo mundo está preparado para se deparar com uma negra de torso pelas ruas da Bahia. Uma contradição já que estamos na terra mais preta do Brasil, uma terra que não se reconhece. Já me confundiram com uma gringa no Pelourinho. Isso mesmo, aquele mesmo Pelô, onde vários negros apanharam nos tempos dos senhores de escravos e que hoje é um dos nossos maiores pontos turísticos, não se reconhece.
Uma vez no Rio de Janeiro, um conhecido, sempre que me via com um, berrava: “Lá vem você com essa toalha na cabeça”. Toalha na cabeça, não, meu amigo. O nome disso é torso e é nele que eu carrego um pouco da minha história. Não só a dos meus ancestrais, mas a minha também, com as minhas vontades, sonhos e necessidades. Às vezes, simplesmente, pela vontade de fazer uma combinação de roupa ou quando os meus cabelos não amanhecem “felizes”. Dá licença !!!
Em contrapartida, várias pessoas me abordam querendo aprender a fazer, saber como amarrar, como é o tecido, se já vem pronto e é só enfiar na cabeça, blá, blá, blá… Ia ser massa encontrar com um monte de gente “trabalhada no torso” nas ruas. Além de significativo. Whatever…
Bom, o meu torso é feito de forma bem simples. Pode ser uma echarpe, um pedaço de pano, um pedaço de malha, cortado em forma retangular bem comprida…
Como amarrar, explicarei nesse o passo a passo:
Passo 1: Prenda dos cabelos num rabo de cavalo, num coque ou numa trança, envolva a cabeça com tecido e cruze-o na frente;
Passo 2: Puxe-o as duas pontas para trás
Passo 3: Amarre
Passo 4 : Pegue uma ponta e esconda na frente, escondendo parte do cabelo
Passo 5:  Pegue a outra ponta e esconda na frente, envolvendo o restante do cabelo.
Passo 6: É só ajeitar, ver se tem ainda algum cabelo pra fora, escondê-lo no golpe e arrasar !!!
Espero que suuuuuuuuuuper dê certo. Qualquer duvida, estarei por aqui.
Um beijo.
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6 de agosto de 2011

06 motivos pra você gostar da TIMBALADA !!!

1) Os sons dos timbais… Indescritíveis, inigualáveis, arrepiantes… !!!
2) Carlinhos Brown… O cara pode ser o que for, mas o que ele impoem e joga nesse grupo é algo surrealmente forte !!! Enquanto ele investir, a Timba será sempre a Timba.
3) As músicas. A Timbalada fala da Timbalada e da nação timbaleira como poucos falam de si mesmos. E a gente gosta de quem se gosta. A Timba tem auto estima elevadíssima e é disso que a gente gosta e precisa.
4) Os timbaleiros. Só quem é timbaleiro sabe o que é ser timbaleiro. Timbalada é religião, é paz, é amor, é alegria… A gente se conhece e quem não se conhece, tá tudo certo também. Durante os encontros com a Timba somos uma família feliz.
5) O bloco. A gente pode seguir a banda em qualquer bloco, será sempre legal. Mas sair no bloco Timbalada é TUDO !!! A tô tô…
6) Por que não? Parafraseando uma música do Chiclete, “se você é Timbaleiro, Deus te abençoa e se você não é, Deus te perdoa”. Axé !!!
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6 de agosto de 2011

Sou mais Luana !!!

Muito se fala sobre Luana Piovani. A mídia resolveu cair em cima. Parece que espontaneidade incomoda mesmo. Isso é fato.
Não estou aqui para defendê-la e, sim, compreendê-la, assim, assim, simples e assim. Pra início de conversa, me respondam: Quem é Luana Piovani? Que novela que ela faz? É Presidente de que nação? Joga em que time? Quem é essa mulher que irrita e provoca tantos e tantas? Quem é essa pessoa que tem mil e um paparazzos atrás só para flagrá-la tomando… um sorvete ?! Alguém pode me responder?
Ok, pois eu acho que posso. Luana é simplesmente Luana. Ela é notícia fazendo exatamente o que sabe fazer de melhor: SER ELA MESMA. E se essa que está aí não for ela mesma, podemos dizer, então que é uma ótima atriz. Faz sucesso porque, acredito que todos concordamos, é muito difícil ser quem  a gente é. Tá certo que em se tratando dela, talvez seja muito fácil ser linda. Mas não é só isso. Ela conseguiu ser linda e mais de mil e um adjetivos sendo mulher, atriz (se é boa, tudo depende de gosto), atrevida, desbocada, despachada, desejada, amada, odiada… E para dar um sabor a mais ao bolo, ainda namorou um dos homens mais desejados do Brasil e mais: deu corno nele com um outro lindo !!! Ô, gente, é ou não uma revanche que grande parte da população feminina almeja? Não quero com isso dizer que ela está certa ou errada, sem juízo de valor. Não é essa a questão. Admiro a coragem de se assumir que ela sempre mostrou ter. Tanto que após o episódio fatídico com Rdrigo, ela foi lá, confirmou a merda, pediu desculpa e assumiu o novo gatinho, como quem diz “o que é um peido pra quem tá cagado?).  Por mais que sejamos um tanto moralistas, que mulher não gostaria de ser a dona de seu passe?
Eu gosto dessa maluca !!! Gosto, admiro, respeito, compreendo, aceito… mesmo que ela não precise disso da  minha parte. Aqui a atrevida sou eu. E compactuo de muitos posicionamentos dessa menina-pimenta-de-mulher-dedo-de-moça-cheia-de-fel-e-malagueta. É claro que tem horas que ela passa do limite, né? O que é perfeitamente normal vindo de alguém feito de carne e osso. Algumas mensagens no twitter, por exemplo, são puxadas, bem chulinhas… Mas essa também ela, que talvez tenha encontrado nisso uma forma de gritar suas dores. Pois não é que ela também tem?
Na verdade, sempre a admirei e dia desses, numa de minhas muitas idas ao Rio, fui assistir com uma amiga a um espetáculo de um amigo em comum. Terminado o espetáculo, fomos todos ao Baixo Gávea e terminamos à noite, regados a “dona cerva” na Kombi de Vânia, conversa atrás de conversa, até o dia amanhecer. Porra, que porra de mulher linda, bicho. A personificação da puta e santa, santa e puta, eva, maria madalena ou sei lá o quê. Ali pude entender o termo “tem gente que nesceu com o cu virado pra lua”. Luana, inclusive, deve ter uma buzanfona virada para todos (sol, lua, planetas…). Uns são médicos, outros bombeiros, dentistas, professores, atores… e outros são simplesmente Luana.
E antes que alguns entendam errado, quando digo puta, me refiro aquele ser que está dentro de todos nós. Aliás, todos nós somos putas, somos santas, mesmo que seja de um homem só, de muitos ou de nenhum. Sei que tem gente, principalmente os homens que querem ter e as mulheres que querem ser, grita aos quatro cantos que ela é a mais chula das putas. Ok. Sem querer desmerecer a “profissão” (“cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”, se ser puta é isso, sejamos tods e todas. É o mesmo que acontece com Sandy. Todos caem em cima com crítica severas, escondendo covardemente o desejo lascivo de ser ou ter.
Em relação à Luana, tem uma coisa que me faz admirá-la mais: poder atuar e produzir os seus sonhos, sem depender diretamente da mídia. Ao que me parece, a mídia que parece precisá-la. A verdade é que, independentemente do talento, dona Luana é do tipo que faz, faz, faz, faz… e, cá pra nós, é dessa prática que a gente precisa.
Mulheres, não percamos a capacidade da verdade, da sinceridade, da coragem e, principalmente, do amor próprio. Luana não deve ser exemplo, mas também não pode ser criticada por ser exatamente como deveríamos sonhar.
O resto é uma suuuuuuuper intriga da oposição.
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5 de agosto de 2011

“No, no, no…”

Eu que, quase sempre, tive medo de Jorge Amado (o que é Gabriela-Sônia Braga? Medo, muito medo!!!), do Papa João Paulo II (ele já estava morto há um tempão e dentro dele tinha um radinho), de Michael Jackson (devia ser gelado como uma lagartixa) e de Dona Canô (hailander), curiosamente, nunca tive medo de Amy Winehouse. Um parêntese: O que é Lady Gaga (mutante)? Olhando uma foto dela numa revista, confesso que tremi: Qual é o verdadeiro rosto dessa maluca, minha gente? Pra que usar carne como vestido? É ela olhar pra mim e eu cair dura no chão. Isso é certo. Muito medo !!! Que nada !!!
Sim, mas voltando a Amy, um fato louco me chamou a atenção nesses últimos dias, ainda de ressaca pós óbito da little Winehouse (por que esse sobrenome, Meu Deus? “Casa de vinho”, já praticamente dizendo a que veio): Comprei uma revista Bravo! em janeiro, no Rio de Janeiro, coincidentemente, mesma época que ela estava por lá. Tinha uma suuuuuuuuuuuper matéria dela, falando sobre sua trajetória e alertando sobre sua idade perigosa (27 anos… Ichiiiii, revista boca de aloupreira!), quando tantos pop stars com históricos parecidos partiram. O curioso, para mim, era que a revista estava ainda intacta, embalada naqueles plásticos tipo “PROIBIDO DAR UMA ESPIADA SEM COMPRAR” (Sou fera em fazer isso nas livrarias dos aeroportos… Ahhhhh !!! Revista cara, bicho! Mas essa eu comprei. Estava em promoção  – de R$ 14,90 por R$ 10,00). Por que será que eu não abrir, hein? Eu, hein !!!
Era uma espécie de matéria “mãe Dinah”, falando sobre a importância dela para o show business, a sua diferença das outras “Cristianes Fs” Lady Gaga e Britney Spears (Diferença gritante, né? Faça-me o favor !!!) e o seu desfecho “inesperadamente-esperado”. Eu gosto de Amy. E falo no presente porque acredito que pessoas assim não morrem. Não morrem, porque nunca viveram. Parece que passaram como meteóros, enlouqueceram, foram felizes, tristes, abusaram, arrasaram e foram embora dizendo: “Ó, vou ali, me deixe, esse mundo já deu”. Por mais que sua trajetória pessoal tenha sido dramática, sua passagem foi bem divertida. Uma menina tragicamente divertida. Tanto que quando soube de sua “morte”, pensei: “Vá lá, maluca !!! Vá que isso aqui é pouco pra você !!!”. Eu não me canso de dizer que gosto de Amy. Gosto e acredito que era pra ser até ali mesmo. Era o que ela podia dar. Por mais que a gente tente imaginar como seria se ela não tivesse encontrado em seu caminho aquele bozó de marido, se não tivesse sucumbido a maluquice de se viciar… e o pior, se viciar num amor louco, doentio, sem volta. Porque, a gente fala dos narcóticos, dos etílicos, mas não fala da droga pior: a paixão doentia. É só dar uma olhadinha nos jornais e se deparar com os mil e um casos trágicos. Isso leva para todas as outras drogas e ainda traz uma básica derrocada de brinde. É um tipozinho que destroi e ainda diz que a culpa é sua. E na maluquice, você acredita.
Vou parecer repetitiva, mas preciso fechar o post. Eu gosto de Amy. Gosto mesmo. E espero que ela esteja bem, bem naquele céu (Ah, gente, o inferno dela já foi aqui !!!) de A Viagem, encontrando Dinah, Otávio… sendo bem cuidada, acarinhado e quem sabe, aprontando muuuuuuuuuuitas por aí? A maluca, intensa, talentosa, imensa… CASA DE VINHO = Winehouse.
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28 de julho de 2011

Produtor é sacana?

Desde que o mundo é mundo, no mundo das artes, a relação PRODUTOR X ARTISTA não é das melhores. Já é texto “decorado” artista dizer que produtor é sacana e produtor dizer que artista é vagabundo, gosta de mole.
Na condição de atriz e produtora, por vezes professora de teatro (posso dizer que “brinco” de diretora também) posso analisar os dois lados com uma certa frieza. Mentira, não consigo ser fria diante disso. Desculpe-me !!!
Dia desses me peguei “comendo” uma raiva de um artista que disse textualmente “ator tem que já ficar feliz só de a gente ter ganhado um edital, a gente não tem que pagar no dia certo”, como se a Coelba e sua turma esperassem até o dia que os editais e sua turma  resolvessem pagar. Além disso, se houve o serviço, PAGUE e respeite !!! Whatever…
Agora me deparei com outro textinho singelo: “A gente tem que ver quanto paga para produtor porque eles são todos sacanas !!!” Ok, ok. É preciso mesmo se pensar com carinho o quanto se paga a um produtor, porque, ao contrário do que muitos pensam, não é nada fácil gerir e/ou executar um projeto. Pra quem não sabe, o trabalho de um produtor já começa na elaboração de uma ideia, que pode até nem dar em nada. Só como exemplo, nesse demanda espontânea, estou como produtora em alguns projetos, que nem são meus e muito antes de aprovados (se) já me consomem. Eu adoro fazer isso, mas, pensando praticamente, pode ser que (se) aprovados eu tenha meu trabalho reconhecido, mas (se) recusado, o trabalho de agora é transformado em experiência para próxima. Sacana dizer que mereço, sim, ser bem remunerada? Sacana constatar que a conta de luz, de telefone e outras coisitas gastas não serão pagas, independentes destes “se… se…”?
Acredito que, como em todas as profissões, existam pessoas e pessoas.  E atitudes também. Baseada nisso, concordo que existem produtores e produtores, assim como existem artistas e artistas e por aí vai. Tive um ginecologista que era um nojo, um açougueiro e estava naquela função há anos. Eles estão em todos os lugares. Tem gente discarada em cada canto, em cada poeira, cínicas, atrevidas, lascivas… Mas, de certo, fica cada vez mais certo que, com essa escassez de produtores competentes e atuantes, hoje em dia, o mais certo (ói ele de novo) é você mesmo gerir a sua porra !!! Já que é fácil, tome conta conta do que é seu. Assim você pode entender a grandiosidade e complexidade do serviço.
É muito mais fácil culpar do que se responsailizar. Se um espetáculo é bem sucedido a responsabilidade é dos artistas, se é fracasso, a CULPA é do produtor. Sou artista, sou produtora e acho um saco essa quizila eterna. Cansativo !!!
Gosto de ser produtora. Começou porque queria produzir minhas coisas como atriz, deixar de ser refém. Mas, aos poucos, fui tomando gosto e, hoje em dia, SOU ATRIZ E PRODUTORA. E isso sem crises. Minhas crise atualmente é a ainda incapacidade de dizer “não” para as coisas que não acredito. Aí insisto e… Ahhhhhhh !!!
E é bom que se reflita a cerca de um fato que é cada vez mais fato: Cadê os produtores? Se é tão bom e ganha-se tanto dinheiro, onde eles estão? Quais as grandes produtoras que você conhece? E as de teatro? Se é tão bom, cadê? E o núcleo? Quantas produtoras querem fazer o o núcleo do TCA? Se a produção ganha tanto dinheiro, onde estão? Para onde foram todos? Isso, sim, é uma puta sacanagem!!!
Não estou aqui como advogada de quem quer que seja. Só chamo a atenção para que a gente reavalie nossos textos, os nossos quereres e as nossas buscas. Senão, no final, artista vai ser sempre o vagabundo, médico sempre o rico, advogado sempre o ladrão, ginecologista o tarado… enquanto os indivíduos seguem escondidos e fugidos de suas reais responsabilidades. Antes de qualquer coisa, eu sou Patrícia.
Respeito é bom e todo mundo gosta !!! 😉
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