Resenha ?É ASSIM QUE ACABA ?Colleen Hoover
Oi, minha gente!
Tudo bom?
Vamos falar um pouco sobre RELACIONAMENTO ABUSIVO? ?
Já falei milhares de vezes que não tenho paciência pra livros que romantizam esse tipo de relacionamento, né? Daqueles tipos onde a “mocinha” sofre nas mãos do “mocinho”, o cara super neurótico, ciumento, dono de toda New York, que usa aquele terno com risca de giz, que foi abusado na infância ou é machista, babaca e problemático mesmo e, no final, ela o perdoa e e eles são felizes para sempre.
Sabe aquele que quer mandar até na academia, nas amizades, nas roupas, no trabalho dela… Mas porque ele é lindo e “mocinho” da história, vira herói. E a mulher lá, tentando ajudá-lo, fazendo a psicóloga, sem nunca ter se formado. Não. Isso não é nem um pouco romântico.
Seria massa se na vida real a mulher tivesse esse poder e tudo pudesse terminar bem, né? Mas não é. Na reality, a “mocinha” até perdoa, mas dificilmente o cara muda. Sabe por quê? Porque o amor transforma, mas não faz milagres. E principalmente, porque sem a devida ajuda psicológica ou psiquiatra não existe chance de cura.
A mulher está SIM vivendo dentro de um ciclo, que se não for quebrado, a tendência é o pior. Ou ela acaba com a relação ou a relação acaba com ela. Infelizmente, Qualquer que seja X, É ASSIM QUE ACABA.
Bom, tudo isso é para dizer que acabei de ler esse livro BAPHO. É o “É ASSIM QUE ACABA”, de Colleen Hoover, a diva dos mocinhos e/ou mocinhas quebrados, que a gente ama e odeia ao mesmo tempo. Lembram de O LADO FEIO DO AMOR, MÉTRICA, EM BUSCA DE CINDERELA, NOVEMBRO 9, NUNCA JAMAIS…? Apois. Ela é autora de TODOS eles.
Eu estou impactada até agora e quero conversar um pouquinho com vocês, pode ser? Mas antes vamos de sinopse?
É ASSIM QUE ACABA
Título: É ASSIM QUE ACABA Autora: Colleen Hoover Editora: Galera Record Compre: EBOOK/FÍSICO
Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade.
Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco.
LILY E RYLE
Neste livro conheceremos a história de Lily, uma garota que, apesar de uma infância e uma adolescência bem difícil, conseguiu organizar o baba de sua vida e se realizar profissionalmente. Ela agora mora em Boston e abriu o seu próprio negócio.
Para completar o pacote positivo, conheceu Ryle Kincaid, um neurocirurgião também em ascensão, que fugia desesperadamente de compromissos sérios. Isso, até conhecer Lily.
O relacionamento dos dois é beeeeem divertido, repleto de leveza e baseado no trato de sempre falarem a verdade ao outro. No primeiro encontro, por exemplo, ele diz cara-de-paumente que deseja transar com ela. Sabe aquele romance bom de se ver e viver? Nada meloso, mas quase coisa de final de comédia romântica? Apois. É o que vemos nessa primeira parte do livro.
Sentiu que o bicho vai pegar, né? Venha que tem mais!
É ASSIM QUE ACABA – SEGUNDA PARTE
Ia tudo muito bom, tudo muito bem, até que é chegada a segunda parte do livro. Nela, Lily se depara com o passado : Atlas Corrigan, um ex-namorado de adolescência e que reaparece balançando a estrutura quase sólida. E, além disso, ela também se torna alvo da mudança de comportamento do “mister perfeição” que ela namora.
É nesse momento que ela faz uma viagem ao seu passado, relembrando momentos de sua infância e adolescência e compreende coisas vividas por sua mãe, colocando-se no lugar dela.
Lily é a prova de que isso pode acontecer com qualquer uma, independente de classe social e/ou etnia. Embora saibamos que, em sua maioria, são as mulheres pobres e negras que sofrem mais de abuso doméstico. Muitas abandonam suas carreiras, tem filhos com seus abusadores e, depois se veem presas na teia que eles, propositalmente, criaram para elas.
Eu não tive estrutura para acompanhar tranquilamente a saga de Lily. Não foi fácil, não, minha gente. E cair na real de que isso tudo nem sempre é fictício, é de doer, viu? Muitas vezes, como nos livros, vem de um cara “perfeito”, com uma boa colocação profissional, que lhe promete o mundo e lhe cerca de “cuidados”. Ele faz com que ela acredite que sem ele, ela não existe. Que ele é a pessoa que mais a ama. Que se não for dele, ela não será de mais ninguém. Muitas acham até bonitinho, fofinho. Mas não é.
Muitas não falam pra ninguém por vergonha ou por medo de represálias dele. Ou por medo de perdê-lo mesmo. Esse ciclo é uma doença, que precisa ser visto e encarado de forma séria. Não é bobagem, não é coisa passageira, não é brincadeira. Muitas mulheres morrem por causa disso.
Vejo muitas pessoas julgarem as mulheres que não conseguem romper esse circulo, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Não é. É a linha entre o perdoar e permanecer, não perdoar e seguir ou perdoar e seguir em frente. Quaisquer que seja o caminho, a única certeza é de que a vítima não é a culpada.
Esse livro é MUUUUUUITO BOM! Deveria ser obrigatório para homens e mulheres.
Colleen não é leve, não passa o pano, não quer agradar. Ela mexe com tudo. É ressaca literária na certa depois.
É ASSIM QUE ACABA é uma leitura imperdível, porém muito difícil. Por isso, eu super indico. E se já leu, me diga o que achou. Vamos trocar figurinhas? Pode ser inbox também. Você tem indicação de outros livros que toquem nesse assunto?