“Deixa, deixa, a madeixa balançar !!!”
Não gosto muito dessa história de “ditadura black power”. Tem gente que quando vê uma mulher negra com os cabelos alisados, manda ela “se assumir”. Oi? O que é se assumir? E se a pessoa curte o cabelo assim, porque é negro não pode? Negro não pode pintar de loiro, de laranja, de azul? SE ASSUMIR é você ser o que gosta, o que quer e, principalmente, o que representa. Aceitem, tem gente de pele negra que se encontra nos cabelos alisados. Eu prefiro os meus cabelos pra cima, ondulados… Assim me sinto mais eu, mais autêntica e mais verdadeira. Mas tem o tempo de cada um também. Quando era adolescente, curtia um espichadinho, doía menos na hora de pentear. Mas passou. A dor faz parte e, hoje em dia, tem milhares de alternativas de diminuí-la. Amo meus cabelos !!! É o meu cabelo, é o que Deus me deu e é lindo.
Mas eu suuuuuuuper respeito as escolhas, as preferências as dores. O nome disso é liberdade. Deixa, deixa, deixa a vida de quelé.
“Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar”
(Chico César)
E se a sua é suuuuuper assumir seus cachos, assumir seus afros, assumir seus pixains, seus blacks, ASSUMA !!! É MASSA !!! Sei que que pra muitos cabelo é só cabelo, mas ele LEVANTA e AGITA, com certeza !!! Cabelo é identidade, é posicionamento, é liberdade, é significado, é proteção.
Achei essa reportagem na Revista Glamour e me identifiquei!!!
CLIQUE na foto !!!
Estou na duvida sobre o que fazer com as minhas madeixas agora. Se faço o big chop (corte grande), se boto o mega, tiro o mega, se espero, se, se… Quero encontrar um bom salão especializado em cabeleiras afros e fazer uma avaliação. Vamos por partes.
Hoje, aqui nos Estados Unidos é celebrado o dia do aniversário de Martin Luther King, que pregando pelo fim da violência e valorização do amor ao próximo, lutou pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e no mundo. Ele foi um dos grandes líderes que lutou pela nossa liberdade, pelo nosso direito de ir e vir. A luta dele foi muito maior do que a de levantar os nossos cabelos, mas o fato da gente hoje poder falar e questionar esses tais padrões tem ( e muito) também a ver com ele.
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