23 de abril de 2011
Semana Santa…
tem clima de família, amigos, comida de azeite de dendê (Essa Bahia e suas particularidades… Quem disse que na mesa de Jesus tinha caruru, vatapá, moqueca de peixe…?), vizinhança, rua animada, muitas crianças, adultos bebendo no bar (quem disse que na mesa de Jesus tinha cerveja?), tudo muito louco e muito bom !!!
Semana Santa tem a cara da minha pré-adolescência. Todos os anos uma vizinha recebia parentes de Santo Antonio de Jesus. Um deles, um rapaz, era a sensação da quadra. Quando ele chegava, todos os anos, as meninas ficavam loucas !!! Minha amiga até tinha um romancezinho com ele. Ela só não. Ela e mais mil, porque o rapaz era descarado.
Apesar de considerá-lo lindo, eu não fazia parte da turma de “adolescente encantadas e desesperadas”. Quando vi que o imã era tanto, fui logo conhecê-lo e ver qual era (canceriana é fogo !!!). Muito rodado, sei não, achei cansativo. Isso fez com que nos tornássemos “amigos de infância”. Desses que trocam confidências e depois “cadê”? Não sei mais dele, acho que há uns 16 anos, não me lembro. Se eu reencontrá-lo na rua e ele sorrir pra mim, vou sacar um bico e perguntar “O que é?”.
Da turma, sempre fui a que “armava todo mundo”. Não era uma questão de rejeição. Gostava de ver a galera se pegando, não sei se por defesa ou porque meu sex appeal não havia aflorado ainda, mas, de fato, romances só os das novelas ou das minhas amigas e/ou vizinhas. E não tenho traumas, não. Nem quero me vingar de ninguém, não odeio os homens (pelo contrário), não quero armar nenhuma vingança, nem sair de casa, nem virar garota de programa, escrever um livro e filme… Ok, cada qual com a sua dor e a sua história). Whatever…
Por outro lado, há mais ou menos dois anos, numa dessas semanas super santas, vivi o ápice de uma história (dessa vez minha, não das amigas e/ou vizinhas) trash, trash… Estava ridicularmente e erroneamente apaixonada por um bocó. Pensava em estar com ele no Natal, na páscoa, no carnaval… U ó. É claro que ninguém faz com a gente o que a gente não permite, mas o cara era um zé bundão. Desses de depois você pensar: “Por que tanta queimação, Meu Deus ?”. E vamos combinar que eu me esturriquei? Primeira e ultima vez. Dizem os mais entendidos que todo mundo passa um dia por isso. Ok, meu saldo está super positivo.
Lembro-me que foi mais ou menos nessa época que tomei um “porrizinho” (duas ou três Seletas) e mandei o dito se lascar, via embratel. Isso seria massa, se logo depois, em plena apaixonite, eu não tivesse me arrependido. Mas como também dizem “isso passa”, PASSOU. E a mesma vida que te oferece desaplausos, te proporciona presentes lindos e saudáveis. Não sei se foi uma compensação, mas estou num momento super organizado. E faço questão de não esquecer NADA, porque são exatamente esses milhões de NADAS que constroem o TUDO DE BOM. A-do-ro !!!
Nesta semana santa, estar com minha família, com meu amor recíproco e saudável, com meus amigos (novos e velhos) é um presente que agradeço a Deus. Esse mesmo SENHOR que deve ser lembrado hoje, amanhã e sempre. Hoje até a chuva traz um clima de alegria e um sabor de chocolate.
Obrigada, Meu Deus !!! Por tudo. Principalmente, pela minha vida. Ela é de lascar, é de doer, mas é minha. E enquanto o Senhor quiser, estarei aqui, linda, preta e feliz !!!
Estou piegas, eu sei, mas é o que tenho pra hoje. Tudo bem pra você?
Axé, Jesus !!!

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