MUITOS ABADÁS
22 de setembro de 2011
Muito cuidado com as sublinhas !!!
Sem paciência pra esse negócio de “primeiro beijo gay…”, “primeira transa lésbica…”, “primeiro negro protagonista da novela das nove, das seis, da sessão da tarde”, “primeiro presidente negro…”, “primeira president(a) do Brasil”… Saco !!! Ou a gente começa a enxergar a existência do gay, do negro, da mulher… como normal (É NORMAL) ou isso será sempre tratado como aberração ou coisa exótica. Tão dizendo por aí que tudo agora é racismo, tudo agora é homofobismo, tudo agora é machismo… Tudo?!Agora?! A diferença é que AGORA tá doendo mais. Parece que estão querendo inverter as coisas e enfraquecer as legítimas causas. Não sou de movimento nenhum, mas por estar sempre me movimentando, eu me respeito. Olhos, ouvidos, tatos… sentidos ligados !!! 😉

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21 de setembro de 2011
Um funerável, uma família e um roteiro de novela !!! ;-)
Perdi uma titia muito querida ontem. Na verdade, minha tia-avó. Daquelas presentes em todos os momentos de nossa vida, dessas pessoas carregadas de ousadia e bom humor !!! Tinha um carinho muito grande por ela e, tenho certeza, que ela por mim. A vida da gente vai se encarregando de nos afastar dos entes queridos, às vezes pelo tempo, outras vezes pela falta dele e, de repente, alguém que a gente tinha prometido rever em breve, se vai, sem nos dar a chance de uma despedida. É cruel, mas o tempo não para e a vida é isso aí, TUDO AO MESMO TEMPO AGORA.
Nunca lidei bem com essas histórias de velório, enterro… Não sei como agir, o que falar, esses reencontros, ui, às vezes, doem demais, emocionam demais e, (por que não?) alegram demais. Falo isso porque, ao chegar lá, reencontrei outra tia querida, irmã do meu pai. Que alegria !!! Mas como ter alegria se eu estava num enterro? Falei: “Ô tia, não posso rir, mas é bom demais te ver !!!”. E é LÓGICO que a gente riu.
Aí, mais adiante, reencontrei outra pessoa que há muito não via. Aliás, VÁRIAS !!! Qual é o normal perguntar? “Tudo bem?”. Mas como “tudo bem” se estou num enterro? Puxado. Resolvi adotar só o “Oi!”. É antipático, né? Mas pra quebrar um pouco o “oi” vinha acompanhado de um sorriso e um abraço. Melhorou, né?
Depois veio o momento de falar com minha prima, filha da minha tia morta. Chego, abraço, percebo que ela chora, me emociono também e fico muda. Não consigo dizer “meus pêsames”. Acho u ó. Em mim soa falso. Péssimo também são as pessoas em cima de todos os filhos e netos, falando “Calma, calma…”. Ouvi um deles dizer: “Para de me pedir calma. Eu estou triste. Nervosa eu vou ficar se você continuar me pedindo calma”. Toim, chepo !!! Justo, bem justo.
E outra prima (gente, minha família é enorme!), filha de um tio (já falecido), irmão dessa que morreu, que me encontrou, me abraçou, chorou muito, perguntou por minha mãe e largou a seguinte pérola, em meio a muitos soluços: “Cadê sua mãe? Tenho que fazer uma visita a ela. Tá vendo? Fiquei tanto tempo sem ver minha tia e quando vejo é ela aqui, morta”. Que é, maluca? Não mate minha mãe, não. Vá lá, visite, mas não mate, não.
E a saga para contar aos mais próximos sobre o ocorrido?
Para quem não sabe, minha mãe é hipertensa. Então, minha prima ligou pra me contar e me preparar para contar a preta-mãe. Pensei que não daria tempo de chegar à Cajás antes que algum desavisado ligasse pra ela pra contar, informar sepultamento, enfim… Então, resolvi fazer isso via “Granbel” mesmo. Pedi pra secretária dela a entupir com as mais costumeiras “bombas da tranquilidade” (remédio, suco de maracujá, chuchu…) e liguei. O que eu não sabia é que todos (amiga dela, secretária, cunhado), péssimos atores, estavam se movimentando, me ligando e cochichando perto dela, que, safa, quando atendeu minha ligação, disparou logo: “Qual é a bomba? Toda hora falam com você e não me passam o telefone, é algum problema? O que é?” Emudeci, engoli seco e, gaguejando, disparei, já desarmada: “Tomou suas bombas, mãe? É o seguinte: Ligaram do Posto… Minha tinha morreu”. Isso sem delongas, sem essa história de preparar para o inevitável. Ela já imaginava, só precisava saber o que era. Só pedi pra ela tomar os remedinhos, ficar verificando a pressão e fazer o que tivesse vontade. Sabia que ligaria pra todo mundo, pra desabafar, pra avisar, pra chorar, pra viver sua perda… Soube que, depois, pegou um álbum de fotos, chorou muito, orou e foi viver. Isso inclui resolver como contar a minha avó, me convencer a representar a família no enterro, tornar a ligar para os mais próximos, tomar café (ela não perde o apetite)… Minha mãe tem uma forma muito particular de viver as perdas. E eu acho que nisso eu puxei (e muito) a ela. Não quis ir ao enterro, foi tomar vacina contra a meningite, arejar a cabeça… Queria guardar a imagem de minha tia viva.
Agora, vamos combinar que daria um ótimo roteiro de novela essa história de dar a notícia do falecimento de alguém para as pessoas? A minha prima, por exemplo, errou o nome ao dar para minha irmã. Acontece que a mesma prima prática que me deu a notícia sem rodeios, ao ser advertida por minha madrinha que precisava preparar as pessoas antes de contar, resolveu fazer um rodeio antes de falar. Mas cada qual com o seu talento, né, gente? Despreparada para o momento vaselina, disse que tinha sido minha avó. E quando percebeu gritou: “Desculpe, foi minha tia! Desculpe, desculpe!”. É claro que isso não ajudou, né? Péssimo ser minha avó, mas péssimo também ser minha tia. Pra corrigir só dizendo que “Foi mal, ninguém morreu, não”. Mas, infelizmente, não era o caso.
E minha tia (outra tia, gente, tenho muuuuuuuuuuuuuitas) que pra contar a minha outra prima (tenho pencas também) disse: “Bom, seu avó tá bem, sua avó também…”. Minha prima querendo saber o que tinha acontecido e com quem, já quase caindo dura, e ela dando uma lista de quem estava bem: “Fulano também está bem, Beltrano também…”, até chegar à minha tia. Louca !!! Desvairada !!!
Isso me faz lembrar de quando meu pai morreu e vieram me contar. Eu, “pré-adolescente-metida-a-antenada”, com ele no hospital, vendo horas da noite, em casa, uma movimentação estranha. Mãe pra cá, madrinha pra lá, prima, tia… Pra que tanta gente? Aí, de manhã, alguém me chamou num canto e começou: “Você sabe que a gente nasce, cresce…” E eu: “Meu pai morreu, né?” E a pessoa: “Como você soube?”. Ôoooo !!! Whatever…
Pois é. A morte é pesada mesmo. É triste, dolorosa… mas acho que minha tia estava desejando por ela. Ela não era derrotada, mas aquela alegria costumeira estava indo embora com a doença. Ela estava bem dodói, bem idosa. Já não podia mais correr o mundo, ser livre… E isso era uma castigo para quem sempre foi como um passarinho. Ela não queria se ver triste. Acredito que ela também não gostaria de ver ninguém pra baixo. Por isso, a decisão de fazer esse post. Quero lembrar dela com alegria !!! Lembrar das festas em que ela carregava os doces pra casa, dentro de sacolas ou twpperware, das danças, dela vestida elegantemente de branco, dos cabelos brancos, do sorriso, dela xingando as sobrinhas, da casa com cheiro de maracujá… Quando perco alguém, lembro sempre dos versos de Elisa Lucinda: “Deus, com certeza, ri. Não de sarcasmo. Mas pelo costume de ver passar as boiadas. E de olhar pra elas no despencar final das planícies. Pra onde? Só Deus sabe. E é por isso que ele ri”.
Va lá, titia !!! Beijo, beijo. Te amo… Forever !!! 😉

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19 de setembro de 2011
Claudia Leitte, Rick Martin e outras coisitas
Eu sempre curti Rick Martin. Acho ele lindo, carismático, talentoso e.. agora, ASSUMIDAMENTE gay, está melhor ainda. Quando a pessoa lida com a verdade, inevitalmente, transpira beleza e felicidade, né? Sou fã. Aliás, Rick e Charlie, do grupo Menudo, eram os que eu mais gostava !!! Rooby Rosa também tinha o seu lugar !!! Whatever…
Agora, o que é que ele quer com Cláudia Leitte, minha gente? Que clip horrendo foi esse que acabei de ver no Fantástico? Suuuuuper “forçassão de barra”, ela linda, sensual, ele lindo, sensual, mas nada com nada. Sei que eles nunca saberão disso, mas detestei. Whatever novamente…
Outra coisa bizarra é A Fazenda. A gente pode falar mal do Big Brother Brasil, mas não tem nada pior. O BBB pelo menos tem um padrão, né?A Globo coloca sua marquinha e eu fico no vício. Mas A Fazenda, com Britto Jr. apresentando é de um mau gosto. Tinha uma visão tão boa enquanto estava a frente do Hoje em dia… Os famosos (nem todos) numa exposição sem necessidade, um bando de homem machista e mulher sem amor próprio. Acho, inclusive, que Rachel Pacheco, a ex-Bruna Surfistinha, é a mais fofis entre todos.
Esse tipo de programa só me faz te cada vez mais vontade de combater machistas de plantão. E isso inclui homens, mulheres e quem vier. Antes que os mesmos venham dizer que devera também ser contra o feminismo, devo dizer que, apesar de não ser uma (quase sendo), deixemos as coisas claras:
Enquanto o machismo é uma atitude que vai de encontro ao direito de ir e vir do ser do sexo masculino, o feminismo é uma ato a favor, que não vai de encontro a ninguém. Enquanto os machistas queimam a mulher, os feministas queimam, no máximo, um sutiã.
Em tempo: Você conhece algum feminista homem? Em compensação para machistas não existe gênero, cor, classe social, hora, nem lugar… É tudo ao mesmo tempo agora. Uma vergonha !!! 😉

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19 de setembro de 2011
Blogs e bobagens…
Estou fazendo um curso sobre blog, promovido pelo Núcleo Vagapara e Ministrado por João Cappello… Imagine que serei insuportável quando acabar. Aff !!!
Aguarde !!!
O que é que Salvador quer fria desse jeito?
Aliás, tá tudo muito estranho. Jurava que Dalai Lama era visinho de carneira de Gandhi e qual foi o meu susto quando ouvi a voz desse senhor? Deus é Mais !!!
É ou não é um boogie do milênio?
😉

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7 de setembro de 2011
7 de Setembro… Independência ou morte?
Hoje é de festa ?!
Dia da Independência do Brasil, dia de desfile que fecha as ruas e faz a gente andar atrás de ônibus, “diz que” nesse dia, as margens do Rio Ipiranga, com as calças nas mãos, o senhor Dom Pedro I, gritou: “INDEPENDÊNCIA OU MORTE !!!”. E parece que foi independência. Não sei pra quem, mas foi.
Engraçado, tenho ouvido, nesses ultimos dias, mais falarem sobre “os 10 anos do 11 de Setembro dos EUA” do que sobre “Independência do Brasil“. Por que será, hein?
Ontem, pensei tanto sobre isso. Ultimamente tenho me sentido tão presa (não só prisão de ventre) que nem nem… Meu amor recíproco e saudável quis ir ontem ao Pelourinho e eu não quis. Pensei na violência, na confusão, na bagunça… que está o Centro Histórico, principalmente, na terça-feira e preferi ficar em casa. Não tão em casa, porque mais tarde me piquei para o Rio vermelho, mas enfim… A gente não livre não. Libertaram e deram independência pra tantas coisas. São tantas as datas. “Diz que” ontem foi o dia do sexo. Ok. Desde quando? Que carência é essa pra ficarem inventando datas? Me poupe, viu? Whatever…
Na verdade, esse monte de ideias soltas é porque quero aproveitar esse post para também dar o meu grito, um gritinho todo trabalhado no dixote, com as calças nas mãos, as margens da “Salvador Ipiranga“, o meu pedacinho de Brasil.
INDEPENDÊNCIA OU MORTE !!!
Salvador LIVRE de João Henrique !!!
Salvador com metrô funcionando e percorrendo, NO MÍNIMO, 20 quilomêtros !!!
Salvador civilizada e sem violência !!!
Salvador limpa !!!
Salvador bem frequentada !!!
Salvador alegre !!!
Salvador com casas de shows respeitáveis !!!
Salvador com um trânsito DECENTE !!!
Salvador com MUITOS TEATROS e TODOS funcionando !!!
Salvador EXTREMAMENTE cultural !!!
Salvador onde artistas vivam BEM !!!
Salvador que entenda que arte também é profissão !!!
Salvador LIVRE de ladrão e homicida !!!
Salvador sem FRIO a noite !!!
Salvador sem FRIO a noite !!!
Salvador com transporte publico DECENTE !!!
Salvador LIVRE de intolerantes e preconceituosos !!!
Salvador… Salvador, Feliz e Cheia de Coisas Boas !!!
Não, não. Não sou política e nem quero ser. Só QUERO MINHA CIDADE DE VOLTA !!!
Devolva Salvador, minha porra !!!
E como a festa existe dentro de nós, hoje é dia do níver da minha preta-irmã. Amo !!! Dia de amiga Fabi também. Amo too !!! Beijo para essas duas virginianas do meu coração !!!
E simbora, Brasil !!!

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