20 de outubro de 2011
Mulher é pra ser plural
Para mim, não existe droga pior atualmente do que o radicalismo. As pessoas valorizam demais o que não deve ser valorizado e coloca na crista da onda o que não pode ser tão importante.
Pra que fazer tanto auê com esses comerciais da hope protagonizados por Gisele? É só uma face de um possível cotidiano de casal X , a mulher esfregando o chão toda trabalhada no sexy, enquanto o homem pede pra ela pegar uma cerveja. Eu poderia, sim, fazer isso para o meu namorado, sem que isso seja uma regra. Repito, só uma face. Na vida, a postura da própria Gisele (mulher independente, resolvida, casada, com filho, que sai para trabalhar…) mostra outra face desse universo feminino. E as faces são tantas. Tem mulher que não casa, tem mulher que gosta de mulher, tem mulher que tem produção independente…
A gente não está brigando pra mulher deixar de lavar pratos, a nossa briga é pra que o homem lave também. Porque os pratos sujos estão aí pra todo mundo. Acredito que igualdade não é pra ser guerra de braços. Mulher é pra ser plural (livres). Então, por que não rir, encarar com humor e mudar para o próximo comercial, ao invés de achar o fim dos tempos?
Ah, paremos de subestimar a inteligência alheia, deixemos de lado os eternos complexos e vamos olhar pras coisas realmente sérias. Ao invés de combater a gente poderia sugerir um em que a mulher esteja fazendo as unhas, enquanto o homem está limpando a casa de cueca e ela também lhe pede uma cerveja. Humor, gente. Tá faltando humor. Além de um olhar apurado e comprometido pra coisas realmente importantes. Tem mulher, por exemplo, que, por não ter acesso a educação, nunca vai ler, escrever, muito menos comprar uma televisão e poder ver esse ou qualquer outro comercial. Educação e informação, esses, sim, são os nossos maiores desafios. O resto é recalque.
Bom, isso é só a MINHA opinião. Ninguém precisa concordar. It’s free.
Whatever…

Categoria(s):
Comentar



