22 de julho de 2011
Confesso que ando sumidinha do cinema e do teatro. Quando estou em casa (minha rotina foi panke nos últimos meses), fico na preguicinha, em casa, curtindo a TV, a net, minha família, meu gatinho… Ah, canso só de pensar em sair. Ao mesmo tempo, toda vez que saio, me deparo com a sensação de “porra, por que não saio mais?”. Whatever…
Essa semana fui a dois eventos imperdíveis: Essa Febre que Não Passa, espetáculo teatro, apresentado no Teatro Vila Velha, por uma companhia pernambucana. Quando estive e Recife com Trilogia Memórias, no mês passado, ele estava em cartaz no teatro ao lado (É que nós estávamos no Teatro Apolo e ele estava no Hermilo Borba, os dois são parte um do outro, tipo a Sala do Coro e o TCA, numa versão mais derrubada, sabe?). O nome me instigou bastante. Só lembrei dos meus “aprontes” e daquela febre que não passava, da angustia, da dor na carne, da desmedida, do destempero, da auto estima colocada em risco, da quase falta de amor próprio, da carência afetiva, enfim… Lembrei pra logo depois esquecer. Porque faço questão de lembrar vez ou outra para não esquecer de nunca mais pensar em repetir. Não quero e não vou. Estou muito bem, obrigada !!! Deus é Pai !!!
Bom, na montagem pernambucana, mulheres transitam entre descobertas e entregas à paixões e questionamentos inerentes a todas nós, do chamado sexo frágil. Mulheres que se entregam, se jogam… mesmo sabendo que, mais lá na frente, a derrocada será inevitável. Mulheres viris, lindas, translocadas, felizes, infelizes, saudáveis, doentes… Mulheres. Foi um bom espetáculo, apesar de estar começando a achar Hermila Guedes (atriz principal de O Céu de Sueli e agora Assalto ao Banco Central), umas das atrizes mais sedutoramente talentosas de sua geração, um tanto quanto pavoa. Sabe quando você começa a enxergar em todas as personagens “a diva” antes de qualquer coisa? É claro que ela continua talentosíssima, mas confesso que começo a dar uma abusadinha dela. Whatever…
No mesmo compasso ela estava em Assalto ao Banco Central, que teve pré-estreia ontem no Multiplex Iguatemi. A história é baseada em fatos reais relata a verdadeira operação organizada do assalto ao Banco Central, em Fortaleza, quando criminosos se uniram num plano engenhoso, através de um túnel, que liga o banco a uma casa no outro quarteirão. Os bandidos levam três meses na construção de tal passagem. Foram quase 140 milhões de reais e seria o crime perfeito, se tais bandidos não passasessem de uma versão remasterizada de “Os irmãos metralhas”, com direito a todas as suas patotadas. Hermila faz a mulher do chefe da operação. Papel que ela desempenha muitíssimo bem. “Diva”, mas com a competência de sempre. E isso é o que importa. As minhas sensações e ressalvas com a interpretação dela é um problema meu, que aproveito para desabafar aqui, num blog que é meu.
Destaque para Vinicius de Oliveira, interpretando o irmão da personagem de Hermila, que entra na operação meio que por acaso, numa interpretação sensível, apurada e feliz. Ele dá um tom leve ao personagem, possivelmente gay, mas sem estereótipo. Em nenhum momento isso é mencionado no filme. Não precisa, a gente já entedeu. ADORO !!!
Para coroar minha semana cultural, hoje fui assistir o ensaio de Toma Jeito de Gente, novo solo do atorRicardo Fagundes, com dramaturgia e direção de Jarbas Oliver, que estreia nas próximas semanas no Teatro GamboaNova. Tomara que bombe !!!
Quem quiser saber mais, registre o recado:
20 de julho de 2011
Nessa seleção de homens vindos do nada, que ao serem transformados em tudo, nada viraram.
Uma seleção verde, amarela, bem mais amarela.
Um seleção que mais se penteia do que se chuta.
que mais ganha dindim do que se ganha sonho.
Que seleção é essa que não sabe bater penalti?
que não sabe jogar… futebol?
Culpa do campo? Talvez. Mas e os outros campos?
Dizem que brasileiro não tem memória…
mas é melhor que esqueçamos mesmo.
Esqueçamos as humilhações, as churrias, a falta de respeito.
A gente cobra demais? Talvez. Mas eles ganham pra brincar,
ganham pra jogar bola, mas nem brincar de jogar eles sabem.
Nessa seleção tinha baiano, paulista, carioca, mineiro…
um Brasil sem ser brasileiro,
um brasileiro sem camisa, sem garra, sem hino, sem coragem.
Um Brasil cansado, inerte, infeliz.
Numa seleção cheia de pato, ganso… todos devorados pelo pavão.
Cadê a minha seleção?
Devolvam a minha porra, porra !!!
15 de julho de 2011
Alteza Sereníssima é título que se dê a alguém? Por isso que ela queria fugir… Parece nome de leite em pó. Me poupe !!!
Pensando bem, não teria sido de propósito para sempre que ela pensar em pegar o caminho do aeroporto rumo à África do Sul? Coitada dessa Charlene Wittstock, meu Deus !!! O nome disso é coação. E alguém por acaso sabe pronunciar esse sobrenome aí? Não tem serenidade certa !!! A bichinha largando o nado dela, os peixinhos… 😉
E tem mais: Parece que a lua de mel foi de merda. “Diz que” o noivo precisou ficar em outro hotel e não o reservado para os “pombinhos”, porque precisava fazer um teste de DNA. Hã? DNA na lua de mel? A porra do DNA não pode esperar mais alguns dias? Se o outro filho (ele já tem dois ilegítimos) for mesmo dele, não pode esperar? O leite Ninho não pode esperar mais? deixa o rapaz dar atenção ao leite “Sereníssima”, porra !!! Ai, ai… Já vi essa história antes. Está tudo super com cara de Lady Di. Mas agora não acredito que não existe nenhuma Camila. O nome desta vez é “discaração”.
Bom, deixemos a vida dos outros e vamos ver o que tem de bom nesta sexta-feira.
Whatever…
15 de julho de 2011
O sem noção Bruno Soares, agente de não sei lá quem (não me interessa agora) “diz que” os negros no Brasil são pobres e não consomem moda. Por isso, a ausência deles nas passarelas do SPFW.
ÔOOOOOOOOO, gatinho, você está maluco, é? Você acha que aqui no Brasil a gente só se veste com calça de capoeira ou se amarra com pano de chão, é? A preta de cá consome que é uma beleza e acho de uma graça esse seu texto. Não posso nem te mandar circular ou se informar, porque o que me parece é que o pobre aqui é você que se alimenta da sua ignorância.
Ai, deu uma cansadinha dessa sua maluquice. Vou ali consumir… comprar uma bota de couro, umas luvas, uns casacos… Beijo e não me liga. 😉
15 de julho de 2011
Não é segredo para ninguém que eu ADORO viajar !!! Adoro e VIAJO, graças a Deus !!! Seja à trabalho, à passeio… enfim, muito mais do que o prazer de estar em outras “terrinhas”, viajar nos torna mais conhecedores e, por conta disso, mais sapientes, experientes, cultos… Isso não tem nada a ver com superioridade, tem a ver com o conhecimento mesmo.
O Rio de Janeiro para mim, por exemplo, antes de conhecê-lo de perto e desvendá-lo nos mínimos detalhes, era distante, sem referência, principalmente, o Rio exposto nas novelas de Manoel Carlos (Que Leblon era aquele !!! Só rico para ir ali… Aff). Hoje, quando leio um livro de Clarisse Lispector, veio as peças de Nelson Rodrigues, leio as notícias do ego.com.br (o que é?), assisto as próprias novelas do famoso Maneco, de Glória Perez (o melhor de O Clone é chegar em Marrocos em duas piscadas… Ichalá !!! )… reconheço e imagino cada ponto, cada momento, cada sensação, o trajeto que foi feito, o mateeeee que foi bebido, os sotaques, as semelhanças culturais, as diferenças… Ou seja, outra viagem. Só que com propriedade.
Hoje, vi uma reportagem de um casal escocês que ganhou na loteria e que tinha resolvido gastar o dindim viajando pelo mundo (Maravilha!). Mas que continuariam morando em sua casinha, numa cidade próxima à Glasgow. Hã?! GLASGOW?! “Mas eu conheço Glasgow”, pensei. E a sensação de entender isso, de não enxergar como algo distante, é uma delícia !!!
Saber que Príncipe William, Rainha Elisabeth, Troca da guarda com as “Marienes de Castro” (Londres), o Príncipe Ludowiki (Baviera), a Rainha Beatrix (Amsterdam), A Noviça Rebelde (Salzburg)… não estão distantes de nós e que conheço um pedaço dessas muitas histórias IN LOCO, que vão desde à praia dos tubarões em Recife, passando pelo Parque Farroupilha (Porto Alegre), pelo English Garden (Munchen), à casa de Mozart (Salzburg)… Tudo isso sem nunca ter ganhado na loteria, sem ser rica… Só porque investir em viagem é bom. Viajar nos torna melhores, nos torna mais vivos e sabedores de um mundo maior do que os nossos umbigos e menor do que o nossos deslumbres. Viajar é conhecer, é ter acesso a algo que nem as melhores fotos, os melhores relatos, as melhores imagens tem a capacidade de mensurar o tamanho da grandiosidade. E essa lembrança nada, nem ninguém tem o poder de apagar.
Ah !!! O melhor de viajar? É depois de dias lindos de descobertas, poder voltar pra casa, dar um abraço na família e ter a sensação de que valeu. A carruagem vira ábobora e Cinderela volta a realidade. Mas está tudo certo também. É só da ábora você fazer uma boa sopa, chamar os amigos e contar todas as suas intermináveis histórias.
Simbora !!! Silêncio, o piloto sumiu. Vou ali em Cajas. 😉