CADA UM TEM A PATRÍCIA QUE MERECE!

CADA UM TEM A PATRÍCIA QUE MERECE!

12 de outubro de 2013

E a vida continua…

Hoje acordei meio assustada. A história dos dois irmãos mortos pela médica em Ondina me deixou em suspensão. Como assim? Por um motivo besta a mulher vai lá e, com o seu carrão, se joga em cima da moto e mata duas pessoas? É claro que eu acredito que ela não pensou que isso terminaria assim, mas a vida é assim mesmo. Em frações de segundos o lado bestial toma conta do humano. Fico imaginando a mãe desses dois. Essa mãe dilacerada e roubada. Qual é o futuro? O que pensar? Como agir? O que fazer? Como acordar? Perdi minha mãe há pouco mais de um mês, de morte natural e ainda assim essas perguntas povoam meus dias. Ainda ando sem chão. Uma vontade de não fazer nada, de acordar do pesadelo, de fazer essa dor passar logo… Olho as fotos e ainda não realizo. Ainda não consegui arrumar e dar um destino as coisas dela. Nem fui em sua casa ainda. Esse “ainda” ainda está em mim. Não consigo. É forte demais. Tenho tanta dor, que ando fugindo de mais essa.
Meus dias tem sido de inverno. Confesso e peço desculpas a Deus por não gostar de chuva e de inverno. Eles me entristecem. E eu estou assim. Puro inverno. Triste e sem motivação. Me disseram que com o passar dos dias isso iria passar, mas acho que tem piorado. Porque a anestesia está passando. 
Quando meu pai morreu eu tinha minha mãe. E agora? Eu ainda não consigo me ver sem minha preta. E isso me asfixia. Não consigo ver um futuro sem ela. É claro que sei que vai passar e vou lutar por isso, mas vou  me permitir curtir essa dor. Por mais que eu tente me manter forte, preciso viver isso, pra acordar melhor, pros meus dias serem mais bonitos, pra meus invernos serem menos doloridos e que o futuro seja mais doce.
Só peço a Deus essa força. Me ajude aí. Me dê maturidade, serenidade, fé, saúde e foco… pra seguir. Além disso, peço que proteja todos os meus, para que não sinta essa dor de novo tão cedo.
E sigamos.
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12 de outubro de 2013

Somos queijo gorgonzola



Estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, só ouço isto. No táxi, no trânsito, no banco, só me chamam de senhora. E as amigas falam “estamos envelhecendo”, como quem diz “estamos apodrecendo”. Não estou achando envelhecer esse horror todo. Até agora. Mas a pressão é grande. Então, outro dia, divertidamente, fiz uma analogia.

O queijo Gorgonzola é um queijo que a maioria das pessoas que eu conheço gosta. Gosta na salada, no pão, com vinho tinto, vinho branco, é um queijo delicioso, de sabor e aroma peculiares, uma invenção italiana, tem status de iguaria com seu sabor sofisticadíssimo, incomparável, vende aos quilos nos supermercados do Leblon, é caro e é podre. É um queijo contaminado por fungos, só fica bom depois que mofa. É um queijo podre de chique. Para ficar gostoso tem que estar no ponto certo da deterioração da matéria. O que me possibilita afirmar que não é pelo fato de estar envelhecendo ou apodrecendo ou mofando que devo ser desvalorizada.

Saibam: vou envelhecer até o ponto certo, como o Gorgonzola. Se Deus quiser, morrerei no ponto G da deterioração da matéria. Estou me tornando uma iguaria. Com vinho tinto sou deliciosa. Aos 50 sou uma mulher para paladares sofisticados. Não sou mais um queijo Minas Frescal, não sou mais uma Ricota, não sou um queijo amarelo qualquer para um lanche sem compromisso. Não sou para qualquer um, nem para qualquer um dou bola, agora tenho status, sou um queijo Gorgonzola.

Maitê Proença

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8 de outubro de 2013

Memórias de uma nova órfã…

O título é meio dramático, né? Mas é isso. Finalmente. Hoje, dia 07 de Outubro, após 37 dias, tive a coragem de finalmente escrever aqui. Na verdade, estava juntando coragem. Para mim, ainda estou vivendo um pesadelo e a qualquer momento vou acordar. Perdi minha mãe. Isso é tão forte. Mãe não deveria morrer. Mãe é sagrada. Chegou o momento desse ritual. Mais um.



Meu pai partiu quando eu tinha quase 13 anos. Foi forte. Meu pai É o meu herói. Mas sempre tive minha mãe pra me abastecer de amor. Minha guerreira, minha She-Ra. Rôxinha, meu pacote, era intensa, era guerreira, não era de cair por besteira, era intensa, amorosa, bem humorada (que humor!), fazia a gente rir. Quando se descobriu doente, me ligou e disse: “Vi o resultado do exame, parece que é ronca, viu?”. Fomos lá e enfrentamos juntas. Ela nunca desistiu da vida. E foi lutando, como um touro. E foi dormindo, porque se estivesse acordada, não iria. Sinceramente, nunca achei que ela fosse embora, apesar de temer e apesar de saber que todo mundo vai.

Após mais de um mês., para mim, a pior parte, além da saudade que aumenta a cada dia, e das BURROcracias DESnecessárias, é ter que administrar o luto alheio. São as pessoas tocando na ferida, são as pessoas querendo saber como e porquê, são as pessoas falando sobre coisas tristes. Minha mãe É alegria. O momento de perdê-la já é triste, não precisa potencializá-lo. O curioso é quando alguém me liga, sabe aquela frase num fio de voz “Paty, como você está?”, esperando que eu esteja arrasada? Aí a de cá tem que cavar essa personagem pra satisfazer a expectativa de terceiros. É puxado, viu? Administrar o luto alheio é PHODA. Mas eu entendo também que o luto não é só meu. Ela era queridíssima. Estou triste, sim. Estou juntando os caquinhos, curando a ferida… Mas não estou derrubada. Minha mãe sempre me preparou pra esse momento. Não só dizendo que um dia iria, mas com sua força, sua determinação (sempre acreditando que ficaria bem… e está), sua fé. Ela vivia pela fé e pelo amor. E são esses dois ingredientes que me fazem seguir. Eu vou sobreviver. Eu vou continuar. Não me permito cair, pela mãe que eu tive e porque tenho fé, tenho alegria, tenho amor e, principalmente, porque sou filha deles. De certo, os dois estarão sempre de lá, cuidando de nós, protegendo e tentando nos guiar pelos melhores caminhos.

Não é fácil se perceber órfã nessa altura de minha vida. De repente não tenho pai, não tenho mãe… Ou pelo contrário, perdi os pais, mas ganhei dois anjos protetores. De repente, tenho os dois juntos, num outro plano, num outro momento. Agora, aqui, somos eu e minha irmã. Não me sinto só. Tenho ela, tenho meus amigos, tenho minha família, tenho uma avó, tenho meu “amor recíproco e saudável”, tenho uma vida pela frente. E por eles, meu papai e minha mamãe, se Deus quiser, ainda serei muito feliz. Só tenho que ter paciência pra entender que essa dor não vai embora hoje, nem amanhã, mas ela vai. E quando ela for, quem sabe, eu compreenderei muitas coisas.

Sigamos. Fortes e cheios de fé.

Fique em paz, Meu Pacote. Fique bem com meu Duí. Fiquem com Deus.
Amo vocês para sempre. Obrigada por serem meus pais. 😉

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17 de agosto de 2013

Trabalhada na bandeira americana !!!

Se existe uma coisa que eu admiro é o patriotismo dos americanos. Eles gostam, respeitam e tem maior orgulho da bandeira. Eles não deixam nem que ela toquem no chão. É seríssimo. É um ritual. Toda casa tem uma bandeira. Toda casa de veraneio tem uma no jardim…
Acho até que nós, brasileiros, temos amor pela nossa. Mas não respeitamos. Ainda. E esse respeito, de certo, faz a diferença.

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10 de agosto de 2013

Lady Diana !!!

Di e Charles

Sempre gostei da Lady Di. Tinha até antipatia por “Charles, sua mãe e papagaio” por tudo que supostamente fizeram contra ela. Com o tempo entendi que todos, como ela, eram felizes e infelizes. E o que vivem é o resultado da escolha, da herança e do “sim” e “não” que dão na vida. Imagine um cara, proibido de ficar com o amor de sua vida (Camila) por esta ser divorciada, mais velha do que ele e não estar apta a ser uma futura rainha? Aí o cara foi lá, casou com Di, teve os dois filhos e continuou com Camila. Com direito a telefonemas dizendo que queria ser o tampax dela (lá ele!). Quem sou eu pra julgar?
O fato é que, a meu ver, Di era a verdadeira. A que não se escondia atrás de coroa, de maquiagem, de altar, de “Deus salve a rainha”. Elizabeth não é minha rainha. Jamais me curvaria pra ela. Já disse que tenho problemas com a subserviência. Isso não me representa. E Di do seu jeito disse exatamente isso. Ela era diva. Acho que não era dada a essa palhaçada da corte real. E por isso sempre me identifiquei.

Vem aí um filme sobre sua vida. Com estreia prevista para Outubro, “Diana” terá como foco principal o caso que ela teve com o cirurgião plástico Hasnat Kahn. Na verdade, o filme é inspirado no livro “As Crônicas de Diana”, de Tina Brown. Sempre tive curiosidade de ler esse livro. Mas como diz o ditado “Vontade vem e passa”, nunca tive acesso e deixei passar. Acho que agora poderei matar minha vontade através do filme. De certo, verei.

Queria achar o seriado “Vida de Princesa”, que assisti há anos sobre a vida de Di e Sarah Ferguson, a ex do príncipe Andrew, irmão de Charles. Não sei porquê, não acho nem no youtube. O foco do filme era Sarah e Andrew. Os dois hoje são separados, mas são amigos e Sarah é uma espécie de persona não grata no reino unido, graças as trapalhadas que fez durante sua vida durante e pós casamento. Ela chegou a tentar vender para tablóides informações sigilosas sobre a família do ex-marido. Ah, maluca. Jogou o barro, mas não colou.

Sara e Andrew


Abaixo, trailer oficial do filme “Diana”. 


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