14 de dezembro de 2012
Volta e meia ele surge. Ou melhor, ressurge. Seja por email, por notícias, por similaridades…
Ele sempre está por aí.
O melhor é saber e sentir que ele pode ser o que quiser, fazer o que quiser…
Não estou nem aí.
Estou curada.
E não há melhor sensação.
A da cura.
8 de dezembro de 2012
Sem querer me intrometer em sua vida, mas já me intrometendo, é verdade que você voltou pra aquele ex? É, sim, aquele que te meteu a porra?
Olha só, gatinha, na boa, como canceriana, acho o amor por demais lindo, me arrepio quando vejo um filme romântico ou assisto um casamento, sou do tipo que acredita mesmo no amor, mas vamos combinar que isso vai babar?
O rapaz em questão te meteu porrada, te deixou cheia de hematomas e, o que é pior, arrasou com o seu coração e a sua auto estima, foi condenado, aprontou outras com outras pessoas, sempre mostrou gostar de dar murrinhos, começou a namorar com outra, ficou com você novamente mesmo ainda estando comprometido e ainda teve a coragem de dizer que gostava das duas… “A gente só leva da vida a vida que leva”. Isso quer dizer que você quer levar porrada de novo, meu amor?
A mulher tem o estigma de sempre levar a pior. Se leva porrada e denuncia, o povo fala que mentiu, que exagerou, que não foi bem assim, que procurou, que alguma coisa fez… Se termina um namoro e parte pra outro, é cachorra, vagabunda, não se respeita… Se é resolvida e prefere ficar sozinha na vida, é encalhada, não encontrou nenhum homem porque não presta… Se só gosta de sair e beijar na boca, é puta. Ok, ok. A mulher nasceu pra se lascar, é isso? Nã, nani nãnãaaaaaaaaaaaaaaoo !!! Por isso, apesar de achar que você está fazendo uma burrada, quero mais é que você se jogue, gata. Viva seu negócio até o final. Mas se valorize, se respeite e faça esse talzinho perceber que em seu rosto só cabe beijo e em seu corpo só cabe carinho. E se ele repetir a dose, MARIA DA PENHA nele. Sei que nos EUA não existe esse Lei, mas tenho certeza que existe outra que, bem diferente daqui do Brasil, funciona. Porque lugar de brutamonte é na cadeia.
Menina, olha que interessante !!! Eu ia falar “lugar de animal é na cadeia”, mas me lembrei dos pássaros, dos cachorros, dos gatos… e tantos outros que merecem a liberdade e mudei a palavra. Tá vendo? É possível pensar. E o nome disso não é censura, é respeito. E respeito é bom e todo mundo gosta. Inclusive, os animais.
Mudei um pouco o rumo da prosa, mas em suma é isso. Juízo, Ri. Seja feliz e acredite, nem tudo é homem, nem tudo é pouco, nem tudo é nada. Você é muito, gatinha. Arrase.
Deixe eu ir que “é tempo de murici, cada um que cuide de si”, “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, e o que é que eu tenho a ver com isso? Whatever, whatever… Uia.
Beijo.
A de cá.
8 de dezembro de 2012
Estava lendo dia desses algumas coisas no face e me deparei com várias atitudes típicas de carência. O ser humano é carente demais. Ao mesmo tempo que observo, fico me lembrando das minhas. Minha mãe, por exemplo, está nessa fase. Quer a gente por perto, enchendo-a de beijinhos, carinhos, palavras, fala sobre o passado, liga de madrugada… Quem tem a sorte de chegar na maior idade passa por muitas privações. E estas, quando não acompanhadas pelos entes queridos, é de lascar. Minha mãe tem família, tem uma estrutura criada ao longo da vida… Ela tem amor, pra dar e receber. Amo-a tanto que dói. Será carência? Não consigo nem imaginar minha vida sem ela.
Tem também das carências sociais. Sou negra, mulher, pobre ascendente… E muitas vezes detesto falar sobre isso. Não acredito que seja falando o tempo todo sobre isso que me torne cada vez mais isso. Tem gente que chateia. Fala mal de homem, de branco, da sociedade, da televisão, de Sandy, de Xuxa… Eu acredito que isso também seja uma espécie de carência. Adoro ser o que eu sou e não sinto que preciso ficar afirmando o tempo todo. Toda vez que ouço um timbal, um tambor, uma música de raiz, uma história de gente que luta e vence, que luta e continua, que não desiste, que não se submete, que estuda, que aparece, que acontece… Me sinto preta, me sinto mulher, me sinto forte, me sinto bem. E isso não desmerece quem quer que seja. É somente eu sendo eu. A minha luta tem que ser consistente, tem que ser contra a ignorância, contra a repetição, contra a falta de respeito… E quem não me acompanha, precisa sair do meu caminho. Mas isso é livre, é um processo.
Lembro-me de uma vez, no início do meu momento desaplauso, lá quando adoeci pelo cara do Sul, dele falando com uma amiga, que estava me hospedando em sua casa, que deveríamos comprar algumas cervejas e beber juntos. Sem maldade, me animei toda. Achava massa ele estar querendo estar próximo aos meus amigos. Anos depois, quando estava na fase de “desintoxicação de desaplauso”, ele comentou o quanto achava minha amiga interessante e gostosa. Pensei na hora: “Que bosta, ele queria comê-la e eu besta adorando as coisas”. Ela não deu bola, talvez tivesse até percebido, o que eu em minha cegueira, nem notei. Mas de fato, só a carência justifica eu ter gostado de um homem que desde sempre nunca me respeitou. A carência fragiliza, cega, asfixia, ata… E é isso que a gente precisa atentar sempre que entra em qualquer tipo de relação. Por que eu quero? O que me traz de bom? Sou respeitada? Isso me preenche? Preciso ter alguém pra ser feliz? Respondendo qualquer dessas questões com serenidade, tranquilidade e frieza, nenhum caminho nos levará pra derrocada. Caso contrário, qualquer mensagem é sinal de tortura, qualquer telefonema te tira do eixo e qualquer frase do tipo “o problema não é você, sou eu” te faz cair num buraco sem fundo.
Carência é PHODA, sim. Mas tem cura. E a melhor forma de cura é saber que nascemos e morremos sozinhos. E que o outro só nos serve se acrescentar, se nos fizer sorrir… Se for o inverso, o caminho é se picar. Não esqueçamos que ninguém faz conosco o que não permitimos. Nós somos os malucos afinal. Cuidemos de nossas carências, então, e sigamos. E amar com tranquilidade é uma das melhores coisas da vida. E eu já amo. Um amor sadio e recíproco. Muito.
Whatever… 😉
20 de novembro de 2012
Anoiteceu. 20 de Novembro de 2012.
A noite preta cai e mil pensamentos povoam minha cabeça.
Hoje, no dia da Consciência, voto pelo meu silêncio.
Cri cri cri cri…
19 de novembro de 2012
De hospital. Não gosto, acho frio, mórbido… Não gosto.
De perder um ente querido. A sensação é sufocante. Não quero, não posso, não vou…até quando Deus quiser !!! Que demore muuuuuuuuito !!!
De pegar essas doenças da moda que nos assolam: Dengue hemorrágica, meningite, câncer… e outras. Não, não, não. Corpo fechado !!! SAÚDE, SAÚDE !!!
De quebrar uma perna ou algum membro do corpo. Não, não, não.
De ser assaltada, violentada, agredida… Não, não, não.
De meus pensamentos. Penso muita besteira. Muitas vezes, negativa. Sai, sai, sai. Não, não, não.
De mal entendido. Não, não, não.
De gente morta. Sei lá. Nunca vi, não vou ver. Mas tenho medo. Não, não, não.
De me perder de mim. Não, não. não.
Tudo posso Naquele que me fortalece !!! Sou protegida. Deus é Pai e, com seu exército, opera em minha vida. Sim, sim, sim.
DEUS É SEMPRE MAIS !!!