Que amor é esse?

Nosso coletivo !!!
Há um ano eu e minha amiga, Cibele Marina, criamos o Coletivo SOB TODOS OS OLHARES. Desse coletivo sairá agora em Agosto a peça SOB TODOS OS OLHARES.
É um investimento nosso !!! Gostaríamos muito de contar com vocês nos curtindo, no blog, no face e no Teatro Gamboa Nova !!!
O elenco conta comigo e Cibele e tem também Mariana Moreno. A direção é de Fernanda Paquelet.
É pra entrar e curtir nosso face:
https://www.facebook.com/pages/Coletivo-Sob-Todos-Os-Olhares/188295057940624?sk=app_56625786785
O blog:
http://sobtodososolhares.blogspot.com.br/

Cansada…
Tenho trabalhado muito. Fato. Mas o meu cansaço é mental. Não estou conseguindo me dedicar a algumas coisas e isso tem me angustiado. Meu inglês, por exemplo, cadê, Patrícia? Me dei esse prazo de bombar no inglês até fevereiro e vou conseguir. Está mais perto do que longe, mas preciso me dedicar.
Sigamos !!!

VIAGEM AOS EUA: Toda trabalhada no deslumbre e no desaplauso !!!
Ichi, que tem é tempo que não apareço por aqui, né? Vontade tive demaaaaaaaaaais, mas me faltou tempo. A minha viagem pelos EUA foi maravilhosa, com pitadas de deslumbre e fechando o pacote com um dia de desaplauso.
New York City
Bom, além da minha agora amada New York, eu conheci Connecticut, terra de meu amor recíproco, e partimos para outras bandas para conhecer toda a família dele e alguns amigos. Fui a Seattle, San Francisco, Salsalito, Los Angeles e Chicago. Ou seja, sete cidades, cinco estados, em pontos diferentes do país, em apenas 20 dias. Muuuuuuuuuuuito bom, apesar de cansativo. Me diverti horrores. A família dele sempre bem receptiva com a de cá, tornou tudo mais especial. Tive um aniversário pra lá de delicioso, em Salsalito, com direito a bolo surpresa, com vela do Mickey e volta na cozinha, ao som de Alegria Original da minha Timbalada. Me senti em casa, como se estivesse perto dos meus.
Meu níver !!!
Se eu fosse enumerar o que mais gostei nesses dias de férias intensas, teria dificuldades. Até tentei, mas foi uma tarefa difícil. De fato, moro lá fácil, fácil. O frio que o inverno deve fazer não me atrai, mas todo o resto me chama. Tive uma pequena mostra do que seria o inverno em Seattle, aonde em pleno verão quase virei picolé de chocolate. Assisti a um jogo de baseball toda trabalhado na muita roupa. Mas a terra do Nirvana abriga curiosidades que valem a pena conferir.
New York é sim tudo que a gente imagina e muito mais. Lugar plural, que abriga todas as tribos, todos os gostos, todos os quereres. Amei. Reconheci os lugares dos filmes, andei de ponta a ponta, do sul ao norte, me emocionei na Time Square, tirei fotos no Central Parque… Os pretos de lá arriscam. Aliás, não só os pretos. Todos. É uma cidade misturada e cheia de cores. A gente se reconhece, reconhece, se assusta, se acostuma. Pode-se ver perucas, cílios postiços, batons fortes, cores, muitas cores, cabelos grandes, comportados, loucos, crianças, barulho… Cheeseburger e hot dogs em todas as esquinas, gente rica, gente pobre… Em suma, I Love NYC, ponto com, ponto br.
Time Square !!!
Connecticut, por outro lado, é mais pacata. Tem a cara daqueles filmes americanos, com casas, muito verde, rios, muitas crianças, igrejas e histórias de primeiro amor, de primeiro encontro… Você paga para entrar na praia, que é limpa e organizada. Conheci o território de Mike. As escolas onde ele estudou, as casas onde morou, sua família, sua história… mais um pouco dele. E gostei.
Em San Francisco e Salsalito comemorei meu aniversário. Lá, toquei o Oceano Pacífico, entendi na prática a diferença entre chuva e neblina, passei pela Golden Gate Bridge (ponte vermelha na Califórnia que liga San Francisco a Salsalito), conheci a The Haight (distrito de San Francisco conhecido, na década de 60, como centro do movimento hippie). Os hippies estão todos lá, parecem saídos de um filme. É uma rua retrô e bem interessante. Foi em Salsalito que pude ir de barco passear pela Baía de San Francisco e ir em direção à Tubarão, onde jantamos e tomamos biritinhas.
Salsalitoooooooooooo !!!
Em Los Angeles me deparei com a locação do meu filme preferido na adolescência: A Rodeo Drive, cenário de Uma Linda Mulher. Pensei em entrar numa das lojas e reproduzir a cena em que Julia entra para comprar e é destratada pela vendedora. Passeamos pela calçada da fama, em Holywood, vimos as estrelas e as pegadas de alguns astros. Na pegada de Michael Jackson a data era de 2012. Se ele morreu em 2009, o que aquela data estava fazendo ali? Quer sabe? Eu nem quis saber. Tirei a foto, piscando de medo e me piquei. Continuei meu passeio em Beverly Hills. Lembra do seriado Barrados no Baile? Quem é ploc lembra. Brendo, Brenda, Kelly, Dylan, Stive, David, Dona… personagens que fizeram parte da minha vida por muitos anos.
E a Disney? Tuuuuuuuuuuuuudo de bom !!! Meu presente de aniversário. Preferi na Adventure, onde encontraria mais emoção. Nada contra aquele desfile, mas preferi à montanha russa a ter que dar beijinho no Mickey. Todos os brinquedos de arrepiar.
Disney !!!
Antes de partir para o aeroporto de volta para New York, fomos à Venice, uma praia muito particular, uma espécie de mistura da Jamaica, Salvador e São Luiz do Maranhão. Um lugar ímpar, diferente do que imaginamos encontrar nos Estados Unidos. Muito sol, reggae, surfistas, homens de sunga fazendo musculação na academia ao ar livre (bizarro) e um extenso mercado informal.
Chicago também conquistou meu coração. Cidade linda, clara, com muitos prédios. “Diz que” os mais altos do mundo vêem de lá. Muita comida mexicana, muito saquê bomba… No ultimo dia, uma mistura de marguerita com cerveja e uma porra de um ursinho gummy (bonequinhos em forma daqueles ursos do desenho animado feitos com rum) nos fizeram acordar com uma ressaca histórica.
Uma curiosidade: Quis conhecer a comida americana, mas o que encontrei foram releituras das comidas mexicanas, tailandesas, japonesas e por ai vai. Isso sem contar os hamburgers, cheesebugers, hot dogs, batatas fritas…
A aproximação da volta ao Brasil foi uma mistura de tristeza com ansiedade. Apesar de já estar com saudade sem nem ter partido, a volta era necessária. Muito trampo e dólares acabando. Inclusive, sobre isso tenho um comentário. Converter nunca é aconselhado, ainda mais nesses tempos inflacionados. Diferente de outros tempos, os preços das coisas estavam muito altos, principalmente, os eletrônicos.
Gostei de conhecer a família de meu gatinho. Os irmãos, as irmãs, os cunhados, a cunhada, os sobrinhos, a sobrinha, os pais… Todos lindos, prestativos, acolhedores… me trataram com muito carinho, respeito, curiosidade, atenção… Amei TODOS e os espero agora aqui no Brasil.
Vanice em 4 de Julho
A viagem poderia ter sido perfeita se não fosse a volta dramática. Creio que vivi em um dia um inferno astral tardio. Surreal. Acho que foi para eu descer da nuvem e descartar o deslumbre. Voltei sozinha. Peguei um vôo New York-Miami. De lá teria que fazer uma conexão Miami-Salvador, que chegaria aqui às 06 da manhã. Acontece o que a viagem para Miami atrasou e quando estava chegando, o outro avião já estava saindo. E mesmo que tivesse chegado em cima da hora, não conseguiria. Ao contrário das companhias brasileiras que tem funcionários na porta do avião esperando os passageiros de conexão para levá-los ao avião, a American Airlines quer mais que você se estrague. O avião para Salvador estava no Portão 44 e eu estava num dos primeiros. Para ir ao tal portão tive que procurar no monitor, descer de elevador ou escada rolante, andar até a estação do aeroporto e pegar um trem. Resultado: Perdi o vôo. E não bastasse a frustração da perda, o funcionário da companhia ainda foi irônico e estúpido comigo. Por conta disso, me retei e parei de falar inglês. Pedi para que chamasse alguém que falasse elo menos espanhol. Me enviaram uma senhora, até simpática, mas completamente desinformada. Me colocaram num vôo para São Paulo, que eu só não perdi também porque segurei o braço de outro funcionário e pedi para ele me levar ao avião. As minhas malas? Eles não fizeram a menor questão de esclarecer como iriam chegar a Salvador.
Connecticut
Assim que cheguei ao avião, uma das ultimas, não encontrei lugar para colocar minha bagagem de mão, então o comissário Chen de sobrenome CAVALO me disse em alto e péssimo português que eu teria que ver onde colocaria, porque senão colocariam pra fora do avião. Disse que era mais fácil ele descer. Com jeitinho e a solidariedade de outro comissário e de outros brasileiros, me ajeitei. Vim chorando boa parte da viagem. Até que, quando serviram o jantar, pedi um vinho e dormi. Chegando a São Paulo, tendo que passar ainda pela polícia federal, perdi o vôo para Salvador. No balcão da companhia aérea a moça me informou que só teria vôo às 14 horas. Reclamei e ela me colocou na fila de espera de um vôo da TAM que sairia as 10:35. Por pouco não conseguia uma vaga, mas rolou.
Nesse tempo todo não pensei em comida, mas quando sentei a fome bateu. No momento do serviço de bordo, bem na minha hora, começa uma turbulência e eles recolhem a comida. Uma mulher me disse que às vezes eles nem servem mais. Vão embora e quem não foi servido fica sem comer. Só pensei: eles vão voltar, sim. Senão, vou lá e pego eu mesma. A turbulência demorou, mas passou e eles voltaram.
Chegando a Salvador, o avião tentou aterrissar uma vez, mas a chuva não deixou. Ficamos passeando pelo céu de Salvador horas, até o avião descer e eu finalmente poder me sentir bem e em casa. Chegando aqui, hora de reclamar as malas e garantir meus pertences. Tive que ir direto para o ensaio. Suja, com fome, humilhada, mas feliz por estar na minha área, perto dos meus. Feliz por estar bem e viva. A minha segunda-feira Garfield estava acabando. No outro dia, minhas malinhas chegaram inteiras. E eu tendo que pagar meu débito com São Longuinho. Pagamento feliz.
My bags
Uma coisa é certa: Se Deus quiser, Miami e American Arlines nunca mais !!! Não gostei, não indico. Na boa, adorei minha viagem, adorei minhas férias, adorei meu aniversario, adorei estar com meu gatinho, voltei renovada, mas esse finalzinho não será esquecido. As companhias aéreas precisam aprender a respeitar seus clientes. O mínimo que merecemos é cuidado. Afinal, não foi um serviço gratuito. Paguei e caro. O comissário foi extremamente grosso e a meu ver xenofobico. Exemplo disso foi que enquanto estava distribuindo o formulário da imigração ele gritava como se estivesse na feira, em português, até que um senhor fez uma pergunta em inglês e ele respondeu elegante e educado. Bastou descobrir que o tal senhor era brasileiro e ele voltar a gritar: AH, VOCÊ NÃO PRECISA DISSO. SÓ SE TIVESSE BENS A DECLARAR. Uma pergunta: Quem informou que o tal senhor não tinha BENS A DECLARAR? Vou reclamar. Isso tem que parar. Respeito é bom e todo mundo gosta.

Trabalhada no DESLUMBRE !!!
Bier Garten
