CADA UM TEM A PATRÍCIA QUE MERECE!

CADA UM TEM A PATRÍCIA QUE MERECE!

20 de junho de 2012

EUA… Cheguei !!! ;-)

Encerramento da primeira temporada de OLORUM, fechamento de inscrições em editais, ensaios de SOB TODOS OS OLHARES… De repente um friozinho na barriga, uma vontade de fazer pumpum (atenção, crianças poderão ler este post), uma agonia, pouco tempo para arrumar as malas, curtir minha família, mas finalmente o grande dia que me deparar com o mito EUA chegando. Uia. Confesso que nunca sonhei conhecer a famosa terra do Tio Sam, apesar de ser consumidora dos filmes. Tinha preconceito mesmo. Aquela história de que todo americano se acha, sabe ? Mas idealizava New York. A primeira vez que fui a São Paulo e me vi as sete da matina na Avenida Paulista, julgava que as duas cidades tinham algo em comum. Ok. Mike me despertou esse desejo de romper esse preconceito e ir lá desabafar com Obama. 

Depois da imigração, toda trabalhada no suco de laranja…
Após pagar uma facada pelo visto, que nada mais é do que uma folha de papel colada ao passaporte que dá acesso ao desconhecido, comprei a passagem. O homem do consulado só faltou me perguntar qual era a cor da minha calcinha (ops, crianças poderão ler este post). Mas acho que foi com a minha cara. Perguntou para onde eu iria e, cínica, respondi : “Orlando. Quero passar meu aniversario na Disney”. Ele me olhou de cima pra baixo e perguntou : “Quantos anos você tem?” E eu: “35” com o subtexto “Por quê? O que é?”. Mas não me atrevi. Emudeci, ele tacou meu passaporte lá na caixa dos aprovados e me desejou boa viagem. Fiquei com vontade de perguntar : “E você? O que está fazendo no meu país? Quem te deu o visto ?”. Mas emudeci again, fiquei com o dixote nos olhos, dei um sorriso, agradeci e me piquei.
Agora estou aqui em pleno voo, rumo finalmente ao desconhecido mundo. Estou bem feliz, porque, além de estar com o meu gato, indo conhecer a terra dele, vou poder descansar (acho), conhecer outra cultura… A poltrona da American Arline é um pumpum (Hã?), a viagem é longa, está sendo muito cansativo, está até rolando uma dorzinha de cabeça… A comissária deu um lanche de prima-pumpum (uma caixa de suco de laranja e dois (dois, dois, dois, dois…) biscoitos doces. Não resisti, olhei com cara de : “Cadê o verdadeiro lanche, sua rapariga?”. Menino, uma das comissárias é babado. Acabou de brigar com uma brasileira porque esta quer os dois tipos de jornais oferecidos. Detalhe : A comissária é da Espanha, fala português, mas a brasileira só fala inglês. Maluca, acho que porque vai aos Estados Unidos esqueceu o português. Ichi, a comissária se retou. Retrucou um : “Eu não deveria era ter oferecido”. Uia. Outro detalhe : Eu tenho os dois tipos de jornais. Fazer o quê, né? Ao contrário da brasileira-americana-cínica, eu sou simpática. 😉
Menino, desde que peguei o avião em Salvador, toda vez que desço para uma conexão, tenho que responder ao mesmo questionário : “Desde que você fez o check in alguém te entregou alguma coisa?” “Onde ficou sua mochila desde que você saiu do check in?”, “Comprou alguma coisa fora das lojas do aeroporto?”. Eu deveria gravar as respostas num gravador e só apertar o “PLAY”. Mas, ok. O melhor vai começar.
Aeroporto de Miami. A pressão já começa no avião. As ditas fichas que precisam ser preenchidas e entregues na imigração. Me separo de Mike e agora é cada um por si. Seja o que Deus quiser. Vontade de fazer pumpum (uia) latejando. Mas agora não, sua maluca. Aguenta aí. Procuro o guichê com uma pessoa feliz, simpática e que tenha aparentemente acordado com bom humor. Achei. Ichi, e demora, e demora… Decido responder em português. Ele que se vire no espanhol. Na hora do nervoso vai que ele me pergunta uma coisa e eu respondo outra? Não. Melhor não arriscar. Terei muitos dias para treinar my english. Ele me pergunta para onde vou e eu : “Connecticut”. “O que vai fazer lá ?” “Férias e celebrar meu aniversário” “Em Connecticut?! Why?” E eu no inglês mesmo: “Why? Why?”, ele “Ok”, emudeci, entreguei o endereço, ele me fez mais algumas perguntas e me liberou. Passei por outras pessoas, outras perguntas, algumas grosserias. Um cara olhou pra mim e perguntou em espanhol, quase português: “Por que os EUA ?”. Por favor não deixem as crianças lerem esse trecho. Pensei : “Ai, meu c… Porque não conseguia fazer pumpum no Brasil e vim pra cá atrás de outras latrinas”. Mas respondi cínica : “Porque é me sonho”. kkk, Ai, ai. E ele perguntou: “Você tem dinheiro ? Quanto ?” E eu só consegui dizer: “Tenho”. 


E depois passei outros lugares, cachorro cheirando malas, passando pelo raio X, gente grossa… O medo é : E se cismarem comigo ? E se sumirem comigo? E se o cachorro me morder ? Aff… Até pensei que fosse pior, mas não é divertido, não. O consolo é que não é só comigo, não é só com brasileiro… é com todo mundo, inclusive, com os americanos. Perguntaram pra Mike o que ele estava fazendo no Brasil e por quê ? Ele também respirou fundo para não meter um “Vá se lascar. Esse é o meu país”. Mas até entendemos. E a verdade é que eu estava mais ou menos preparada. Meti uma camisa com a foto do Mickey (sim, cada qual com os seus golpes), pedi uma carta convite, rezei e pensei no mantra : “Isso não é pessoal, isso não é só comigo, é o trabalho deles…”. A gente tem que ponderar também que há quase 11 anos milhares de sonhos foram destruídos por um atentado que mudou o mundo, né? 

Bye, bye, Miami…
Outra coisa : Não achei os EUA tão organizados assim e confesso que isso me aproximou mais, quase me senti em casa. Pensei : “Ok, eles são gente de carne, osso e… medo”. Por exemplo, quando íamos despachar nossas malas para New York, alguns trabalhadores do aeroporto pediram pra gente jogar num carro, tudo muito rápido… Me senti numa feira livre. Billy jean (estranho, hein?). Pensei que não veria mais minhas roupas, meus cremes… Não nos deram nenhum recibo, só um “Conexão ? Jogue a mala aqui !”. Ok, obedeci. Muito louco.
Agora, passado o momento tenso, estou aqui, recheada de boas vindas, gentilezas, atenção, com meu inglês torto mesmo, esquartejado, de bebê… mas super me jogando.  As pessoas me escutam, me respondem, me ajudam… Os americanos são educados, sim, mas são práticos e fiéis as regras. Uma coisa que gosto muito é do amor que eles tem pelo país deles, pela forma que impunham a bandeira, que respeitam os limites dos outros. Tem pretos em todas as partes, ninguém me confunde com Angolana. Aqui sou mais uma, apesar de ser única. Não me olham com cara de ET. De certo, Uma mistura disso com a informalidade e a espontaneidade brasileira e teríamos o país perfeito. Taí, vou voltar. Gostei do que vi e do que vivi.

Cos Cob / CT
E pra registrar. Só no primeiro dia gastei U$ 100,00 na Victoria Secret e na Mac. Se eu pudesse voltaria ao aeroporto só pra dizer para aquele senhor que me perguntou quanto eu tinha, que  o que possuía era o suficiente para contribuir para a economia do país dele. Aqui sou gringa, linda e bicuda. Estou amando, mas super volto para o meu Brasil, cheia de histórias boas pra contar, aventuras nunca antes vividas, mas volto.  Billy jean. Whatever…
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4 de junho de 2012

Lá vem o Coletivo !!!!

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21 de maio de 2012

Xuxa, Maria da Graça e seus traques de massa !!! Tô página !!!

Quem não ficou PASSADO com as revelações de Xuxa ontem no Fantástico ? Meninoooooo… Estava me lembrando, fui muito fã de Xuxa. Do tipo de ter discos, CDs, ir à shows… E essa admiração a Xuxa sempre foi de mito mesmo. Nunca fui fanática, mas pra mim, ela era mágica. Até hoje, quando a vejo vem aquela voz pastel na cabeça “XUXA, É XUXA”.
Tem gente que nasceu pra ser mito mesmo. E dos loucos. Mas como, mesmo um mito é ser humano, muitos não conseguem levar seu legado de forma saudável. Se a gente procurar ver a vida dos grandes pensadores, gênios, mitos, personalidades, pop stars… Todos sempre foram carregados de coisas doidas. Xuxa pra mim é muito mais louca por ter ficado no mesmo recinto, segurando a mão de Michael Jackson do que por ter dito que iria atrás de Ayrton Senna, mesmo sabendo que ele estava namorando. Como uma pessoa normal pode assistir a um filme, comer pipoca e segurar a mão dele ? Meu Pai, Xuxa enlouqueceu. E o filho dos dois ?! Seria um monstro !!! Se ela topasse, era camisa de forças.
Acho curiosos os textos que li no facebook desde que Xuxa largou os traques de massa de que foi molestada por alguns adultos quando criança/adolescente e que ainda iria reencontrar Ayrton Senna, o grande amor de sua vida, em algum lugar. As pessoas queriam uma lógica, como se a vida tivesse uma. 
Ao mesmo tempo, a partir do momento que a gente se expõe tem que estar preparada para as milhares de interpretações. Julgar é inerente ao ser humano. Somos feras nisso. Os outros sempre tem problemas, nós somos os resolvidos. O que me espanta é a quantidade de gente colocando-a num lugar menor, como se ela fosse um exemplo de não exemplo. “Quem és tu, tatu?”. E os penalizados ? Ahhhhh, gente, pena de Xuxa, por quê ? Uma pessoa bem sucedida em vários âmbitos, que ainda tem outras coisas a buscar, quando ainda há tempo ? Ahhhhhhhhh, me poupe !!! Tem também a turma dos que duvidaram de sua entrevista, achando que ela estava querendo aparecer. Xuxa querendo aparecer ?! Acho pouco provável. E se foi mentira ou não, o que dizer a uma pessoa que mente com essa história ?! Problema dela !!!
Xuxa é louca mesmo. Sempre foi. Sempre se expôs, sempre se colocou, às vezes cresce, outras vezes decresce, fala besteira, pensa besteira… e faz sucesso até hoje justamente por ser esse turbilhão de coisas. Já li varias biografias, de várias pessoas, convivo com milhares de outras, inclusive comigo mesma, e sinceramente, alguém aí já conheceu alguém completamente resolvido ? Eu não. E isso não é mérito, nem demérito. É só a vida seguindo seu curso normal. Tem gente que aguenta, outras mil gentes se jogam de barranco, de janela de prédio, corta o pulso, se enche de “coisinhas especiais” e a vida continua seguindo. Sempre para muitos também.
Na boa, eu gostei do que Xuxa fez. Foi lá, disse um monte, se expôs, se colocou na roda… Eu ri, me emocionei, me indignei… É isso aí. Cada qual com as suas verdades e/ou mentiras. Quem nunca passou por desaplausos que atire a primeira
#prontofalei.
Qu’importe.
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17 de maio de 2012

É possivel ser amiga de ex-my love, impossível é de ex-my love, bandido !!!

Por conta de business, estou tendo que remexer minhas memórias. Confesso que não acho ruim, não. Acho, inclusive, uma ótima forma de terapia. Rever coisas e perceber que estão longe de você, cada dia mais no passado, cada dia mais distante, cada dia mais resolvido. Poderia até ser motivo de vergonha, mas não são. Pelo menos, daquele tipo que a gente não quer lembrar. A vergonha é outra. É do tipo : “Por que você isso e por quem ? Que queimação por tão pouco…”

É claro que quando falo isso, estou me referindo a relação amorosa, né ? Não tenho em meu currículo muitos ex. Sou canceriana, gosto de romance, quero pra vida toda… E ainda sou do tipo que quer ser amiga de todas as pessoas que passaram pela minha vida, independente da relação. É claro que nem sempre isso é possível.

Pra começar os ficantes. Nunca entendi essa história de “ficar” com alguém num dia e no outro fingir que nem existe. Acho tão infantil. Entendo que foi só uma “ficada”, mas sou civilizada o suficiente pra dizer “Oi ! Tudo bom ? Até mais !” e seguir. É questão de educação mesmo. Como podemos trocar fluídos num dia e no outro parecermos dois estranhos ? Por isso, não curto “ficar”, apesar de concordar que tudo tem seu lugar, sua fase e sua necessidade.


Em relação à romance, que eu super curto, quando chega o fim “Ok”, sigamos, mas sem necessidade de inimizade. Para mim, o fato de as duas pessoas partirem para caminhos diferentes não o torna inimigos. É claro que cada caso é um caso, cada início é um início e cada fim é um fim, mas quanto mais civilizado, mais tranquilo.

Já fiquei sem falar com um ex-namoradinho de uma amiga porque ele foi péssimo com ela. Ele era até legal comigo, mas guardei mágoa. Um dia encontrei ele na Concha, num show de Gal, ele veio todo sorridente falar comigo. Tentei ser simpática. “Tudo bom ? Agora passe que eu não vou com a sua cara”. E o menino passou, PASSADO. Ahhhhhhhhhh, me deixe !!!


Tenho um ex-namorado, que hoje é meu amigo, apesar de nos vermos raramente (ele é do mundo, não mora aqui) que quero ter contato pro resto da vida, independente de como e com quem estejamos. Não temos mais nada, foi-se, passou, estamos em outra, mas temos muito respeito pelo outro. Somos amigos e pra mim isso é muito. Nesse rol só os grandes.

Em contrapartida, tenho outro, que nem namorado foi (um affair tumultuado e tortuoso talvez), que acredito que nunca será meu amigo. No máximo uma cachaça, uma risada… Mas amizade, amizade de jeito nenhum. Não posso ser amiga de quem me fez mal. Não tenho mais raiva, passei por todas as fases : esperança, desespero, desilusão, raiva e finalmente nada. PASSOU. Consigo até rir de tudo. E riu mesmo. Me divirto. Riu de tudo que fiz, de cada momento vexame, que de certo não vou mais repetir.


Lembro-me de uma vez, o cara, que não morava em Salvador, me mandar uma mensagem no celular “Sorria, eu estou na Bahia”. E eu, apaixonada e maluca, ligar e ele não responder… No outro dia, no mesmo horário, a mesma mensagem, seguida de “Red River”… Aí o que a maluca faz ? Se pica para o Rio Vermelho. Isso sem deixar de antes beber uma dose de cachaça (a la Angela Ro Ro ou Alcione). Eu estava com raivazinha daquele jogo, mas não queria perder a chance de vê-lo. Quando nos encontramos ele fingiu que estava tudo normal (e pra ele estava, esse era o jogo). Quis me levar pra onde ele estava hospedado e eu ao invés de dizer “Não vou porque estou chateada com o seu joguinho, apesar de estar louca por você”, disse que não iria porque não estava a fim. Chamei meu taxista-amigo e me piquei pra casa. Isso tudo seria um “bom fim” para minha maluquice se eu não tivesse me arrependido e ligado pra ele. Falei tanta besteira, disse tanta balela, no final pra resumir tudo, larguei um “FULANO, MEU CU!!!” e bati o telefone na cara. Tudo lindo, revigorante, e um grande final se eu não tivesse me arrependido novamente e ligado pra ele again, again, again… até ele desligar o aparelho e me deixar mais oca e com ressaca moral.

Quando acordei de manhã, tomei daqueles banhos de novela, que a pessoa se molha da cabeça aos pés e desce escorregando pela parede, chorando, querendo lavar a alma. Depois disso, os joguinhos continuaram e a abestalhada de cá sempre passional, passiva, com medo de perder… O quê ? Oi ? Isso ainda durou um tempo, até que decidi me desintoxicar (é esse o termo), fazendo questão de entender que estava no meio de uma maluquice, que era minha e que eu precisava me curar. Fazia questão de saber todas a verdades, de ouvir os amigos (como sofreram meus amiguinhos com meus inúuuuuuuuuumeros desabafos), de assumir meu estado, de entender que era fase, de encarar como uma dor de barriga que passa, de me compreender dentro de tudo, de rever minhas necessidades, de não pular etapas… Até que um belo dia acordei, ui, liguei o botão do FODA-SE, joguei pro universo e (hã ?!)… Ganhei um presente lindo : o meu amor recíproco e saudável. Tranquilo, sem desespero, com troca, respeito, cumplicidade, relacionamento, amor, que quero assim para todo sempre, amém. E o principal: Sem me perder de mim. Porque, meu bem no dia que me achei, tive a certeza de nunca mais me deixar escapar. Simples assim.

Axé.


Amar bem dá sorte, sim. Mas o melhor de tudo é entender que ninguém morre por não ter uma relação. A gente morre de mau amor, má relação, principalmente, conosco.  Não tenho raiva, pelo contrário. Tudo me serviu. Olho pra trás, riu com meus amigos (é bom lembrar pra não repetir) e me pergunto “O que foi maluca? Por que tudo aquilo ?”. E conto as histórias com alegria. Principalmente, porque fazem parte de um passado, que se Deus quiser não voltará jamais. Experiências são só experiências. O que fica é a lição que a gente aprendeu com elas. E a minha foi puxada. Uia.

Acho queimação gente que não se resolve, não entende o fim como fim (quando o seu sentimento não é recíproco) e fica no pé, expondo o outro, colocando fotos íntimas na roda (como o ex da tal BBB), ou fica ameaçando de morte, contando podres, chantageando, perdendo o controle. É preciso entender que, apesar de tudo, a maluquice é nossa. “Ninguém faz com você o que você não permite”. Por isso, nunca é demais se cuidar. 

Acredito que é possível, sim, ser amiga de ex, mas é impossível manter amizade com quem nos fez mal. Uma cachaça, um desejo de boa sorte, algumas palavras trocadas pelo tel ou pelo email, duas gargalhas e tá tudo certo. Portão C e se piiiiiiiiiiique !!! De certo.
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30 de abril de 2012

Encontrando “o homem desaplauso”…

Quem nunca se queimou por causa de amor ? Há alguns anos pensava que nunca passaria por isso, que se queimar com “homem desaplauso” era coisa de gente insegura e carente. Ok, até é. Mas como me considerava uma mulher resolvida, muito tranquila com a minha “solteirice”, onde homem só se aproximaria se realmente valesse a pena, me sentia imbatível. Até o dia que olhei para os lados, vi todas as minhas amigas se “organizando”, parindo, montando casa… Me pressionando…  “Trinta anos ?! Solteira ?! Hummmm Vai ficar pra titia. Hummmmm Tem que ter um filho logo, o tempo vai passar e quando você quiser, não vai mais poder”. Eu dava de ombros, mas é claro que para uma canceriana aquilo começou a bater de alguma forma. “Será ?!” Foi quando me deparei com “o homem desaplauso”, daquele tipo que aparece de forma bonitinha, com historinha, com romancinho, que te diz coisas engraçadinhas, amorosinhas… e você, carentezinha, cai de otarinha.
Foram anooooooooooos descendo essa ladeira, julgando ser aquele O CARA. “Por que não ele ? Tão legal, tão príncipe, com defeitos lindos… Tão, tão…” Insistência, livros de auto ajuda, frases feitas, revistas que falavam “tem que ser difícil pra ser gostoso” e você lá, só rumo a derrocada, Saturno bombando em sua vida, passando que nem avalanche, não deixando nada em pé. Mexe com tudo, principalmente, a auto estima. Por mais que você se garanta (um pouco), quem garante ? Tudo vira loucura, desmorona, amigos dando toques, amigos pacientes, impacientes… e você lá, brincando de “mocinha de novela das oito”. Vira vício, sabe ? Coisa que dói, que desespera, que tira o sono, a tranquilidade, te deixa em suspenso. Algo ruim mesmo, nojento, dilacerante… que faz você se afastar, principalmente, de si mesma.
Até que aquela bendita frase “tudo passa” se faz valer. Passa mesmo. Como num passe de mágica, você acorda e vê diante de si o monstro do Lago Ness. O próximo desafio é transformar esse monstro em minhoca e daí pro nada é um pulo. Passei por TODAS as fases e hoje o que posso dizer que o bom é que depois você acha até graça, até porque, por mais que você tenha se deparado com o típico cafajeste, daqueles que dizem “o problema não é com você, é comigo” e mandam SMS sexta-feira, à meia noite, a maluquice foi sua. “Ninguém faz com você o que VOCÊ não permite”. É frase feita, mas é a mais pura realidade. Só que quando você decide e se trata, não sobra nada, nem raiva, nem pena, nem desespero… NADA. Talvez uma graça. 
E quando a gente se abre verdadeiramente para o mundo, com fé e coragem, o mundo se abre verdadeiramente pra gente. Tão forte, tão seguro, tão pleno… que no outro dia conheci aquele que considero o amor da vida, independente, do que nos reserva o futuro.
E tem mais : Tempos depois, quando a gente se lembra da tal  “figura” só vem a pergunta : “Eu gostava disso?” É tudo nítido, tão claro, tão leve… que a gente é capaz até de beber uma cachaça com o tal. 
Amém, axé e evóe !!! Deus é Pai !!! 😉
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