27 de março de 2011

Quem é essa tal de Bruna?



A primeira vez que tive contato com Bruna Surfistinha (Raquel Pacheco é o seu nome verdadeiro) foi quando uma amiga me emprestou o tal Doce Veneno do Escorpião para eu ler. A propaganda foi a melhor possível: O LIVRO É ÓTIMO !!! Ok, ok, fui ler.
Confesso que fui com uma “expectativazinha”, imagine, um livro que narra a vida de uma ex-atual-forever (ou não) garota de programa… Resultado: Li numa sentada !!! Ao terminar, é claro que iria julgar mesmo não devendo. Uma jovem-menina-classe-média-alta-rebelde-sem-causa. Tive até uma certa raivinha. “Como uma menina com tantas oportunidades foi parar nessa vida?”, suuper pensei.  Mas depois (tenho um semancol aguçadíssimo) concluí: “Por que não? Por que sim?”
Apesar de achar que a causa foi extremamente superficial (eu julgando de novo), Bruna é sem dúvida um exemplo de coragem. Com isso, não quero dizer que é exemplar. Não foi por nenhuma causa nobre, não foi por nenhuma razão clichê (“ah, tinha que criar meu filho”, “minha família estava passando fome”, “meu pai me abusou”…), não foi por nenhuma obrigação… Foi porque quis, foi porque gostava de sexo, foi porque queria ganhar muito dinheiro, foi por auto-afirmação, foi… e voltou. Acho que aí mora sua principal qualidade. Bruna tinha (tem) metas. Queria se realizar enquanto mulher, queria ganhar muito dinheiro… Conseguiu. Depois queria parar, queria casar… Conseguiu. Agora quer ter filhos e se tornar uma psicóloga. Quem duvida? Além disso, ela fala com verdade, uma verdade de quem não tem medo, nem vergonha de ser o que é. De falar dos seus medos, das suas coragens, do seu contato com o mundo e o submundo. E é ela mesma que fala de todos os seus erros e acertos.
Bruna (Raquel e/ou Ruth?)
Achei, sim, o livro superficial… Mas talvez não seja exatamente o livro e, sim, as razões da tal garota-mimada-infeliz. Mas aí meu simancol (sempre presente) me perguntou: “Quem sou eu para classificar a vida de ninguém?”
Após minha leitura, fui procurar mais coisas na internet. Foi então que achei a tal Samantha Moraes, mulher que foi abandonada pelo atual-marido-de Bruna-Raquel (ai, isso parece Ruth Raquel, a irmã boa e a irmã má). A tal mulher “chifruda” tinha ido no Jô falar sobre seus dissabores e lá falou também sobre o tal livro-vingança “Depois do veneno do escorpião”, onde conta a sua versão da história. Aí, lá vai Patrícia numa livraria ler o tal livro. Li numa sentada, numa tarde. Que loucura !!!
Acho engraçado como as dores e as versões são diferentes. No final, o fato é um só: A ex-atual-forever (ou não) garota de programa colocou todo mundo na mídia. O marido, que estava mal de dindim na época, hoje subiu de vida, a ex-mulher-chifruda foi chorar nos programas de TV, escreveu um livro e hoje é casada com um diretor desses programas que lhe emprestou um lenço… e está todo mundo bem. Virgula: por mais que a ex-mulher-chifruda diga que hoje em dia superou, tenho lá minhas duvidas.
Samantha 
Do outro lado, Bruna-Raquel (e Ruth) acabou de lançar um filme, estrelado por Deborah Secco e recorde de bilheteria, e Samantha já está correndo para filmar o seu. Ou seja, se “todo castigo pra corno é pouco”, o de Samantha é correr atrás de Bruna-Raquel (e Ruth).

E vamos combinar que Samantha é deveras mais linda do que Bruna? O que será que o tal homem viu na do escorpião que o fez largar a do avião (a ex-mulher era comissária de bordo)? Eu tenho a minha teoria: CAMA. A tal mulher deve ser MAL DE CAMA. Sem falar que o tal “gostosão” é, na verdade, uma carcacinha. No lugar das duas, eu largava ele, pegava todos os escorpiões e viajava para New York, rumo a Sex and the city (uma das cenas do filme parecia mais que as meninas-de-vida-fácil eram personagens da séria americana). Ai, meu Deus, será que Samantha era Samantha Jones? Xi, muita mistura. É Bruna, é Ruth, é Raquel, é Samantha, é Jones, é Deborah, é Secco, é puta, é prostituta, é filme, é livro, é big, é brother, é Maria (que foi maltratada por Maumau por este achava que ela era garota de programa…). Ohhhhhhhhh, eu vou te dizer, viu? Como dizia o sábio Strindberg, “o ser humano é digno de lástima”.

Por isso que eu vou ficar por aqui. Tô confusa.
Vou ali ler uma Contigo. Tá puxado.
Ah !!! Pra que julgar? No final, todo mundo quer a mesma coisa: SER FELIZ !!! E se para ser feliz algumas pessoas resolver doar seu corpo, que mal faz? Imaginemos quantos pessoas essas pessoas não fazem felizes? Já pensou que reverberação? Muito mais eficiente do que muitas campanhas hipócritas. Não sou fã de Bruna, mas a admiro pela coragem de se arriscar. Porque viver também é isso: Correr riscos.
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