6 de maio de 2013

Todo mundo quer casa(R)





Hoje em dia todo mundo “diz que” casar é ultrapassado, que ninguém quer mais isso pra si, que toda hora alguém separa, que as relações estão cada vez mais frágeis, bla, bla, bla… Zzzzzzzzzz 

É, pode ser “sim”. Mas pode ser “não” também. Afinal, vamos assumir? Um, dois, três… TODO MUNDO QUER CASAR, mesmo que seja tipo informal, que seja tipo só juntar os trapos, que seja tipo em Las Vegas, em Bora, Bora ou na Ilha de Itaparica. TODO MUNDO QUER ALGUÉM PRA CHAMAR DE SEU.

Morei 11 anos com um amigo e recentemente decidi morar com meu bofe. Entre morar com o amigo e morar com o bofe existe, sim, uma interseção O APRENDER A DIVIDIR. E a diferença, além do romance em si, é que o dividir também tem a ver com o se dividir. Não existe mais o sair sem ter que dar satisfação, o sair sem não pensar no outro dentro disso, o comer, o dormir… sem pensar no outro também. Por mais que casar seja aparentemente algo feminino todo mundo quer casar, homem também, apesar da insistência machista de tentar parecer que não. Claro que é bom assinar e assumir pra todo mundo que é massa, sim, estar junto, que é massa, sim, adicionar, multiplicar e dividir. Diminuir? Ah, só se for a distância.

Há um tempo (looooonge) conheci um cara num casamento que julguei ser o amor da minha vida. Teimei que seria uma história de amor, mas estava diante de uma patetagem. E passou. Graças ao Bom Deus. Criei a historinha romântica de casar com aquele homem do casamento. “Ah, Paty, não se encontra amor na balada, minha filha. Mas num casamento pode ser, né?” Ainda pra piorar a maluquice o cara morava no Rio. E como eu andava meio brigada com Salvador, era pra lá que eu queria ir. Adoeci DI CUM FORÇA. Foi trash, trash… Até que a vida, essa nigrinha que gosta de nos surpreender e mostrar que dela a gente entende pouco, não só me libertou da tal fixação de casar com aquele homem do casamento como conheci O MEU AMOR RECÍPROCO E SAUDÁVEL . E o que é melhor: “SÁBADO, NA BALADAAAAAAAAA”, em plena BORRACHARIA, uma boate soteropolitana.  E pra melhorar, ele conheceu aquele Rio dos meus sonhos comigo. Resultado: Eu fiz as pazes com Salvador e agora pra mim o meu lugar é onde eu possa encontrar minha paz (não perco nunca mais), a minha alegria e o meu amor pra vida toda (espero). E isso pode ser lá, cá e acolá.

Ontem, fui ao casamento de dois amigos queridos e enquanto rolava a cerimônia, o padre falava e os dois  se declaram amor eterno, refleti sobre essas e outras questões. Por mais que pareça “de última” todo mundo quer casar. Não foi nem uma, nem duas pessoas que me questionaram ali quando seria o meu casório com meu amor recíproco. Da minha parte estou bem tranquila, viu? Até porque já me sinto super casada. Mas não vou mentir que pensei, sim, na possibilidade, além da necessidade de tanta gente querer ver quem está junto oficializar a porra. Por que temos tanto que suprir a expectativa de outrem, hein? Se não estamos namorando, perguntam quando vamos. Se começamos a namorar, quando vamos casar. Se casamos, quando virá o primeiro filho. Se vem o  filho, quando vem o segundo… E por aí vai. Mas casar deve ser bom, sim.  E mesmo quem nunca assinou um papel, sabe que é. E quer saber? Só descasa quem ainda não compreendeu o quão isso é bom.

Emoção pura o casamento de Marília e Xande. Lindo ver os olhos brilhantes dos dois, a voz trêmula deles ao cantar o amor de ambos, a alegria emocionada de Xande, a emoção alegre de Marília… Bom também poder fazer parte da turma que eles quiseram compartilhar esse momento. Casamento cedo (08:30 da matina) é bom também porque agora é mais tempo de casados que eles tem do que se o casamento fosse ontem à noite, por exemplo, né? O nome disso é pensamento positivo. E foi lindo, foi mágico e, principalmente, do jeito que eles queriam. Parabéns, curicos. Cantem sempre ao amor e o amor. Enquanto isso, de cá, fico torcendo para que os novos tempos de vocês sejam cheios de comemorações e conquistas.  Axé !!! E vamos que vamos !!!


(Foto by Eduardo Scaldaferry)

E que o casamento case quem tiver que casar e só descase o ódio, o desamor e a intolerância. Porque no resto a gente joga purpurina e come com doçura, paciência e sabedoria. 

Whatever… 😉
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