15 de novembro de 2011
Um ato de amor, um ato político…
Ontem dia 14 de Novembro, segunda-feira, véspera da Aclamada Independência da República, se casaram no Rio, Carlos Tufvesson e André Piva. Um é estilista e o outro é arquiteto super badalados no Rio de Janeiro. Os dois tiveram o pedido de casamento negado pela Vara de Registro Público do Rio. Eles querem transformar a união estável em casamento. Juntos há 16 anos, mesmo com o entrave da justiça, eles resolveram trocar aliança, comemorar e chamar os amigos. O que fizeram muito bem, quem é o juiz pra negar o amor? Não estou aqui para questionar a lei do nosso país, apesar discordar muuuuuuuuuitas vezes (a minha questão com a Farmácia Sant’ana está aí até hoje), mas num país violento e repleto de desigualdade como o nosso, o que nos igual é o amor.
Amor é amor, não tem essa de não entender, de não aceitar, de não querer… Cada um com o seu, cada qual com o seu abadá. Por isso, que mesmo sem conhecê-los pessoalmente, eu me solidarizo a eles e festejo esse momento com eles. Mais do que ato de amor, é um ato político… E todo ato, toda luta pelo direitos serão sempre válidos e respeitados.
Não sou da turma que diz “eu apoio os gays, sou até amiga deles”, sou da turma que acredita, que respeita, que se identifica, que ama, que enxerga como “ser negro, ser branco, ser verde, ser hetero, ser pai, ser filho… SER”. E na vida a nossa unica certeza é que a gente É. E isso não é uma questão de entender, de escolher… De acolher eu gosto. Se puder respeitar (que é muito mais do que aceitar), já é um interessantíssimo começo. Um ótimo por sinal. Agora, o que alguns fazem com a sua ignorância, isso sim é uma questão de escolha.
Termino com a frase da mãe de um deles: “Fico muito feliz de ver meus filhos- sim, meus filhos porque André um filho para mim- bonitos, felizes. Depois de tantas batalhas, preconceito e problemas. Tudo isso valeu pela alegria que vejo no rosto deles e todos nós. Lá em cima algumas pessoas desistiram de casá-los, mas eu como mãe farei isso. Diante das leis do amor, eu vos declaro casados”.
Quem é capaz de duvidar?
E sigamos. Exercendo a cidadania.

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