5 de setembro de 2014

“Essa negra quer se dar bem com o gringo”



Pode parecer um texto forte, mas corresponde ao pensamento da maioria das pessoas machistas e racistas quando veem uma mulher negra com um homem branco. Muitas vezes não sabem nem a nacionalidade ou até sabem… O que importa é destilarem seu veneno.

É como se toda mulher precisasse de um homem pra se dar bem e toda mulher negra precisasse de um homem estrangeiro. Isso é o que, infelizmente, é vendido lá fora. “As brasileiras são fáceis, é só mostrar a carteira”. Só que não. Nem todo mundo assim. E mesmo que fosse, “é tempo de murici, cada um que cuide de si”.

O meu namorado é americano e volta e meia ouço um “Ah, vai se dar com o gringo, né, danada?”. Não. Pelo menos, não do jeito que sua mente de cocô imagina. Primeiro, porque existem gringos e gringos. E o meu namorado não pertence a essa corja que vem ao Brasil pra mostrar a carteira. Segundo, porque não preciso de homem pra sobreviver. Nos completamos, somos parceiros e OS DOIS SE DERAM BEM. Desculpa aí, mas além de tudo isso, somos muuuuuuuuuuuito simpáticos, amáveis e gostosos.

Dizer que isso não me irrita seria a mais pura mentira. Me irrita, sim. Me irrita, me irrita. E muito. Não me muda, não me deprime, mas me irrita. Aí o jeito é trabalhar com a queimada e com o bico. É isso.

E tenho uma cartela de respostas. A preferida vem nos versos do meu amado Cortejo Afro: “Eu sou Preta. Trago a luz que vem da noite/Todos os meus santos também podem lhe ajudar/Basta olhar pra mim pra ver porque é que a lua brilha/Basta olhar pra mim pra ver que eu sou preta da Bahia”.

O resto termina com o dito da “filosofa” Vanessa Popozuda: “Beijo no ombro pro recalque passar longe”.

Whatever…

Axé !!! 🙂

Mike e Patí

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