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CINQUENTA TONS – Só eu não gostei?

Categoria(s): | Publicado em: 17 de fevereiro de 2015

Oi gente !!! Tudo bom?

Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que não sou da turma que odeia. Senão nem estaria falando sobre ele. Mas tenho minhas considerações. Muuuuuuuuuuitas. Tá com teeeempo?

Apesar dos livros terem sido lançados há algum tempo, só no final do ano (2014) os peguei para ler. Na verdade, os baixei. São muito pesados. Era preconceito mesmo. Cada qual com seu gosto, mas nunca gostei dessa história de sadomasoquismo. Gosto da história de pegar de jeito, mas me bater, não, não. Venha, não. Na minha casa é tome “Maria da Penha” mesmo. Mas ok. Achei melhor tirar minhas próprias conclusões e me jogar na leitura.

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Os livro(s) são muuuuuuuuuuuito chatos. Digo no plural, porque li os três (Cinquenta Tons de Cinza, Cinquenta Tons Mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade). Aí você vai me dizer: “Se não gosta, por que leu três?”. Pois é, sou dessa !!! Li mesxxxxxxxxmo. E não gostei. CHATOS, monótonos e sem criatividade. Sem falar nos erros GRAVES de português existentes na tradução em português. Posso até pagar minha língua e escrever algo errado (sou humana), mas estamos falando de  um livro, best seller, que passou por uma revisão e é vendido para as pessoas. É grave, sim. Os erros são estúpidos, que vão desde o DE REPENTE junto aos de concordância. Sabe quando a gente conversa com estrangeiros que acabaram de aprender português ou quando a gente traduz algo em outra língua para o português pelo google? Mais ou menos isso. Quem fez a tradução parecia estar com pressa. Lançar rápido era mais importante do que lançar direito. Falo isso também porque, muitas vezes, me afastei da história por conta dos muitos “sustos” encontrados e até voltar um boi já tinha passado.

Fora isso, tem a história da personagem Anastácia (“a mocinha da história”), uma mulher de 21 anos, virgem, que ao entrevistar Christian Grey (“o mocinho”) para um trabalho da Faculdade da amiga, que por estar doente, pediu-lhe que fosse em seu lugar, sente uma atração no primeiro encontro por ele e é correspondida. A partir daí, o que poderia ser um romance comum entre duas pessoas de classes e histórias diferentes, torna-se uma relação inusitada pelo fato dele lhe propor uma vida de submissa, sendo ele o seu dominador. Tinha também a história do quarto vermelho, recheado de objetos e máquinas sadomasoquistas e o contrato, caso ela aceitasse pertencer a ele.

Não vou falar nem dessa prática. Gosto é de cada um. Seria estupidez da minha parte abominar os gostos alheios. No sexo vale muita coisa.  Viva a diversidade e a liberdade !!! Mas o que me intriga é essa balela de tê-la como propriedade. Se ela falasse ou fizesse algo que não o agradasse, seria duramente castigada pelo seu senhor. Ah, me deixe. Aceitar isso é de uma carência e incoerência surreal. Em pleno século XXI a gente ter que entrar novamente nesse “mimimi”.

No segundo livro a gente descobre o porquê dele agir dessa forma. E no terceiro há o fechamento dos “felizes para sempre”. Se formos contar todas as páginas, são mais de 1.500 de algo que poderia ser contado em 300. Ainda tem a chata da “deusa interior” de Anastácia, que nada mais é do que a maluca falando com ela mesma. Chata ela e chata a deusa, que só serve para derrubar uma auto estima que já está no subsolo. Ele, a gente não entende em que momento se apaixonou por ela. Porque esse crescimento não foi visto. Pelo menos, a de cá não percebeu. Voltei ao primeiro livro para pesquisar essa parte, mas não achei mesmo.

Aí, para não bancar a chatona, fui ver o filme do primeiro livro, na sexta-feira, em english, aqui em Hawaii. Um dia após a estreia mundial. Me espantei com a quantidade de sessões. Eram 25 e muitas mulheres. Homens, alguns. Acompanhados e um sozinho.

O filme é muuuuuuuuuuuito melhor do que o livro. Anastácia justifica a palermice através de Dakota Johnson, atriz que defende o papel. Ela humaniza a personagem, fato. O mesmo digo do Christian feito por Jamie Dornan, apesar de ter achado o ator fraquinho. A gente compreende mais a trama, através dos olhares e da química entre eles. Não precisa falar, o olhar diz muito do que a gente é, né? A trilha sonora também é massa !!! Dá o peso e a atmosfera que a trama pede e fortalece todas as ações. É claro que se não existisse um livro polêmico e famoso como referência, o filme seria mais um água com açúcar e pitadas de pimenta. Mas como é um conjunto de fatores, a gente compra a ideia. A gente entende até as chicoteadas. No filme, não são duras, são aquelas famosas pancadas de amor, antes do “vamos ver”. Ainda mais que Anastácia se diverte com elas. Não há ferimento, não há dor. Com exceção da final, é claro.

Durante a exibição do filme, fiquei tentando entender o porquê de uma história como essa, apesar de tão insossa, fazer tanto sucesso. E eu entendi, ali, vendo o filme e os rostos das muitas mulheres assistindo. Ler o livro é solitário, são as nossas emoções e e as nossas memórias trabalhando. Já o filme foram vários olhares. O da atriz, do ator, do roteiro, da direção, da autoria… E o nosso, presente, vivo e já conhecedor do que viria por ali. Esse BOOM ficou latente quando foi dita a frase mais  reveladora do livro, que é a quando Chris (olha a intimidade) fala para Ana (rurrum): “Eu não faço amor, eu fodo duro”. As mulheres presentes gritaram eufóricas e excitadas. Se alguém falasse isso pra mim, eu riria por décadas e décadas e acabaria com o clima. Mas compreendo que toda mulher sonha com um homem que a pegue de jeito, a jogue na parede e a chame de lagartixa. É o que faz a gente não estar mais a fim dos contos como Cinderela e Branca de Neve. A gente até quer encontrar o tal príncipe, mas ele precisa fazer muito mais do que nos colocar em um cavalo branco e nos levar para o palácio real. Em 2015, a gente quer saber o depois, a gente quer saber o que ele vai fazer no nosso “felizes para sempre”. E olhe que nem nos importamos se a cama é uma king size ou é no chão mesmo. A gente quer é o orgasmo.

Definitivamente, não sou da turma que odeia. Provavelmente, se houver, verei as outras continuações da história. Fecharei o ciclo. Mas não gosto. Eu gosto de histórias eróticas, gosto de histórias românticas, mas essa trama de E. L. James não, não e não. A sensação é de que ela não conhece nada daquelas práticas. É raso. É oco. Bem diferente de Silvia Day, a maluca que fez a Serie Crossfire, que seria uma trilogia e hoje é uma “quin… alguma coisa”. Sylvia se aprofunda, é detalhista, porém  é mais direta, humana e verdadeira. É um amor, com todos os ingredientes “mexicanos”, que lhe são inerentes, mas com verossimilhança. É brega, mas quem não é? Amar será sempre brega. E é massa !!!

Acho que só vale pela curiosidade e para quem é muito fã. Se você não pertence a nenhuma dessas categorias, vá ver outra coisa ou se jogue no Netflix.

Quem quiser também ver minhas considerações em vídeo, é só entrar apertar o PLAY.

Beijo e até mais !!!