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Americana se torna Princesa após casar-se com Príncipe Etíope

Categoria(s): | Publicado em: 21 de outubro de 2017

Um “Conto de Fadas” contemporâneo

 

princesa

 

Eu não sou da turma que sonha com castelos, Princesa, Príncipe e cavalo branco. Minto. Eu até acredito. Se gosto. ó não acredito mais nessa história de príncipe salvar a plebéia e transformá-la em princesa. O Príncipe Charles não salvou a Princesa Diana. O Príncipe Andrew não salvou a Princesa Sarah. O Príncipe William não salvou a Princesa Kate. São pessoas em busca de um mesmo propósito: a felicidade. Uns conseguem, outros não. É a vida.

Mas isso não me impede de ser romântica. Sou. E muito. Amo histórias de amor. Imagine aí, uma “plebéia” que vai a uma discoteca com uma amiga e lá conhece o amor de sua vida! E mais: Depois fica sabendo que ele é também um príncipe da Etiópia! Parece até enredo de  um dos meus livros. Eu amei ! Principalmente porque nessa história de amor os dois são os príncipes deles mesmos e são modernos.

Como tudo começou

(mais…)


Vida de princesa

Categoria(s): | Publicado em: 30 de março de 2015

Sempre gostei das histórias de princesas. Nunca sonhei em ser uma, daquela do príncipe chegar para me salvar. Salvar de que? De quem? Eu gosto é de acompanhar a historinha, de saber o desenvolvimento, o final, o “felizes para sempre” !!! Mas tudo fictício. Na realidade minhas princesas tem outra cor, outras necessidades, outras vontades…

Era muito fã de Lady Di. Ainda me lembro de seu casamento com Charles. “Que romântico!”, pensei na época. Depois acompanhei seu “não felizes para sempre”. Charles me enganou. Como um príncipe feio (vamos combinar?) sambou tanto na cara de uma pessoa? Sou canceriana. Tomo partido, guardo mágoa e fiquei do lado dela. Como assim ele (um príncipe feio) queria ser o tampax que a amante Camila (hoje sua esposa) usava? Príncipe e tampax não combinam. Príncipe não faz nem necessidades, oxe. Desceu a ladeira legal !!! Mas já foi tarde, mesmo sem final feliz, Di era muito melhor. E mesmo sem final a princesa era ela. Linda, fina, glamourosa…

Com o tempo também entendi o lado dele, coitado. Imagine ser apaixonado por uma e ter que casar com a outra porque não era conveniente pra realeza, ainda mais essa outra sendo casada. Ô rapaz complicadinho. Entendo, mas não aceito. Ou será ACEITO, MAS NÃO ENTENDO? Se não gostava pra que casou? Usou a bichinha que não tinha nada a ver com a história do tampax. Relação é fogo. Quando estive em Londres, fui ao Madame Tussauds, aquele museu com réplicas das celebridades em cera. O povo é doido. Colocou a réplica de Lady Di de um lado, triste, e do outro toda a família real imponente. Fiquei revoltada. Me retei.

Casamento de Charles com Diana e Camila... Sou mais Diana !!! Mas ele e Camila se merecem !!!

Casamento de Charles com Diana e Camila… Sou mais Diana !!! Mas ele e Camila se merecem !!!

Aí também conheci Sarah Ferguson, através de um seriado que passou na Globo há muito tempo. Acho que o nome era “Vida de Princesa” ou coisa parecida. Procurei depois no google e não achei mais. Será que a rainha mandou da fim? Porque não era lá muito legal com a realeza não. Nele, Sarah e o príncipe Andrew (irmão de Charles) eram os personagens principais. Eles se conheceram através de Diana, que era amiga de Sarah. Se apaixonaram e casaram. Não era lá uma boa escolha na opinião da rainha, mas ok. Andrew era leve, mais divertido do que o irmão, talvez por não ter a mesma responsabilidade dele. Era decididamente um casal muito divertido. Sarah não levava desaforo pra casa e sua personalidade era admirada pelo marido e pela amiga. A rotina solitária e agitada de princesa fez com o casamento esfriasse. Após o nascimento das duas filhas, eles resolveram se separar. Mas são amigos até hoje. Volta e meia são vistos passando férias juntos. Sarah dá muito trabalho pra rainha. Já vendeu informações sobre a família real, já se envolveu em escândalos. Não é bem vinda no castelo. Tanto que não é mais convidada para as cerimônias importantes da família real, tipo o casamento de William (filho de Diana) e Kate. Imagine !!! Babado !!!

Sarah e Andrew... os melhores !!!

Sarah e Andrew !!!

E Kate e William? Assisti recentemente um filme sobre os dois. Sobre como se conheceram, a relação e o casamento. Historinha água com açúcar mesmo. Parece que ele, sim, gosta da esposa e tem personalidade. Parece, ninguém sabe. Tem cara de que ela manda na relação. Eles já tem um filho e estão a espera do segundo, que parece ser uma menina. Gosto de Kate. Ela me parece forte, tem personalidade. Sabe o poder que tem. Tanto que não parece seguir a cartilha de princesa. Usa roupa de lojas populares, repete figurino, tem carisma… O povo gosta e se identifica.

William e Kate

William e Kate

Recentemente apareceu na revista Vogue com um figurino que “diz que” custou R$ 167,00 (cento e sessenta e sete reais). Muito para mim, mas uma bagatela pra quem vive no país das libras. Gosto dela.

CLIQUE NA FOTO E VEJA A MATÉRIA SOBRE O TAL VESTIDO!!!

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Kate tá “prenha” de novo !!! Adoooooooro !!!

Quem quiser assistir o filme completo, eis ele aqui embaixo. Charles é chato até no filme. Afff !!!

A meu ver a história mais interessante, por ser para mim uma referência é a de Sarah Culberson da Serra Leoa, negona de responsa, que vivia com a sua família adotiva em West Virginia e depois, ao fuçar sobre sua família biológica, descobriu que era uma princesa africana. Convidada por seu pai ara conhecer sua tribo na província do sul de Serra Leoa, percebeu que ser uma princesa neste país devastado pela guerra não tinha nada de glamour. Ela, então, criou a Fundação Kposowa para ajudar a reconstruir a escola Bumpe, que foi destruída na guerra civil do país.  Linda, guerreira e danada !!!

Sarah Culberson da Serra Leoa

Sarah Culberson da Serra Leoa

E pra fechar Cinderela, a história que sempre gostei pela maluquice. A história da menina que perdeu o pai e fora criada pela Madrasta, que tinha duas filhas e a tratavam muito mal, colocando-a pra cuidar da casa como uma escrava. Até o dia a sua Fada Madrinha apareceu e a vestiu lindamente para ir ao Baile do Príncipe. Este assim que a vê se apaixona, mas ela precisa voltar pra casa à meia noite, quando o encanto da roupae da carruagem que a fada lhe deu  se acabará. Na correria, ela perde o sapato. O Príncipe então corre por todo o Reino atrás da dona do sapatinho e quando encontra Cinderela se casa com ela.

Sempre me perguntei por que o sapato de Cinderela não desapareceu também quando o encanto se quebrou à meia noite? A carruagem voltou a ser abóbora, o vestido voltou a ser maltrapilha, mas o sapato ficou lá, forte e lindo nas mãos do príncipe. Imagine !!! Mas a gente é muito besta, né?

Há alguns anos, como atriz, participei com atriz e produtora do espetáculo CINDERELA BLACK POWER, que era uma versão black power, com atores majoritariamente negros. Eu fiz a louca Fada Madrinha !!! Pense numa peça divertida, com amigos divertidos !!! Amo e tenho muitas saudades !!!

Os "BLACK POWER"

Os “BLACK POWER”

 Mas decididamente sou mais de acreditar que existem mais princesas do que príncipes e ao invés dessa espera louca que nós mulheres temos de encontrar o tal do maluco do cavalo branco, é mais fácil a gente trabalhar, batalhar pelo nosso carro e quem quiser que venha atrás. Né não? Mas uma pitada de romantismo também faz bem e eu adooooooooro !!! Beijo na boca é bom demais, mas a gente quer e precisa de mais, muito mais !!!

Simbora ?


The Murder Of Princess Diana

Categoria(s): | Publicado em: 22 de setembro de 2014

Oi, gente !!!

Acabo de assistir ao filme “The Murder Of Pricess Diana”, que conta a história da morte de Lady Di, a partir do olhar de Rachel, uma jornalista norte-americana que foi à Paris especialmente para fazer uma reportagem sobre ela, se hospedando no mesmo hotel e acompanhando seu dia a dia e, por conta disso, praticamente viu a tragédia. Ela tenta provar que foi muito mais do que um acidente e que os paparazzis não foram os grandes responsáveis pela morte da princesa. É uma história tensa, triste, misteriosa, perigosa e com doses de “cuiuda”. Não entendi como ela entrava e saía do hotel sem mostrar qualquer documento. Só dizia que estava hospedada e entrava tranquila. Muitas vezes, saía pra falar com algum amigo fotógrafo e ninguém questionava. Acho até que o filme tenta mostrar como o esquema de segurança de Diana era frágil, mas achei alguns exageros, sim. Será mesmo que Di foi assassinada? Será mesmo que ela incomodava a ponto de ter sua vida tirada? Será que ela estava realmente grávida? São tantos “serás?”.

Com ajuda de amigo-affair policial, a jornalista tenta ir a fundo na investigação, mas é quase sempre impedida pelos que não querem que essa verdade venha a tona. Isso, inclusive, a coloca em risco. Se foi ou não, não acredito que um dia seja revelado. Serão sempre especulações. Não é nenhum filme imperdível, mas se está procurando mais algumas coisa pra ver no Netflix, por que não? Mas, de certo, assim que terminar, você vai querer ver outra coisa pra compensar.

Bom, não é de hoje que curto história de princesas. Canceriana típica, amoooooooo !!! Isso foi desde sempre. Ainda estou doida para encontrar o seriado “Diário de Princesa”, que assisti quando adolescente sobre as princesas Sarah Ferguson e Lady Di. Simplesmente, sumiu. Já cacei no google, no youtube… e nada. Era mais focado no romance de Sarah e do príncipe Andrew, de longe o príncipe que eu mais gostava. Era um casal mais tranks, resolvido… Tanto que até hoje, mesmo após a separação, continuam amigos. Diana também estava muito presente no filme, já que era a melhor amida de Sarah. Não entendi porque sumiram com a série. Assisti na Globo. Acho que foram quatro ou cinco episódios. Talvez pela crítica à família Real deram sumiço, sei lá. Também não me lembro se era realmente esse nome, mas era algo próximo. Quem sabe no dia em que eu estiver dominando o “english” eu fuce mais. Whatever…

 "Memorial de Vitoria" no Palácio de Buckingham. Troca da guarda (Londres)

Na porta deles. Palácio de Buckingham. Troca da guarda (Londres)

Palácio de Buckingham

Palácio de Buckingham

As "Marienes de Castro" (olha a flor no chapéu) trocando de turno.

As “Marienes de Castro” (olha a flor no chapéu) trocando de turno.

Amo os filmes com esse tema, sejam eles verídicos ou não. E especialmente a história das princesas do Reino Unido me cativou mais. Amava Di, detestava Charles… Uma vez fui ao Museu Madame Tussauds, em Londres (aquele museu de cera que copia fielmente as celebridades) e notei que o boneco de Di ficava num canto, triste, olhando pra família Real no outro, inclusive, Camila ao lado de Charlie. Achei podre e tendencioso. Fiquei hastag chateada. Eles colocam ela ali frágil, com cara de boba… E eu não acredito. Ela, como muitas de nós, só queria ser feliz ao lado do homem que amava e entrou de gaiata no meio de uma relação, que  já começou errada. Como fizeram isso com ela?

Em minha ida à Londres em 2009 achei curioso como tudo respira em torno dos monarcas. As pessoas, por exemplo, param pra ver a troca da guarda real. oi? Você percebe um burburinho e quando sai pra ver são apenas os soldadinhos trocando de turno. Imaginem !!! Ri demais !!! Mas gostei da cidade. Gosto desse clima de história e de respeito por ela.

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Harry e Camila… Não achei a foto que tirei de Lady Di no Tussauds. Cadê? Aff… Não gostei dela.

Por outro lado, imagino como foi pra Charles amar uma e ter que fingir que amava outra. Vida cruel essa desses RPs  de luxo (eles não passam disso), né? E não podemos nem dizer que eles escolheram. É uma vida frágil, controlada, limitada, cheia de pressão e, muitas vezes, cruel. Uns deprimem, outros fingem, muitos enfrentam e a maioria se conforma. É um preço bem alto que se paga, para parecer perfeito e impecável.  Mas é isso. Cada qual com seu abadá.

Charles nunca foi gatinho. Sempre preferi Andrew e torço muito pra William assumir o trono, ao invés do pai. É a tendência, né? Parece que Kate, a mulher dele, chegou aí para fortalecer isso. Eles parecem felizes e apaixonados. Tomara. E se não for também, paciência. “É tempo de murici, cada um que cuide de si”.

E eu de cá, vou acompanhando “a vida de quelé” e torcendo para que essa história termine como nos livros que eu lia quando era criança. Lá eles viviam felizes para sempre. Apesar de achar difícil alguém ser feliz tendo como matriarca uma chata como a Rainha Elizabeth. Mas se ela é assim é porque dão ousadia, né? E talvez, coitada, assim como Dilma, nem seja ela que mande. É “muito cacique pra pouco índio”. Mas isso é assunto para outro post. Uia.

Beijo.

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A desaplaudida da Glória

Categoria(s): | Publicado em: 26 de agosto de 2014

Ivana nunca sonhou em casar, ter filhos, essas coisas… Teve uma adolescência tranquila, normal, toda trabalhada no romantismo, com direito a fã-clube do Menudo e do Dominó, mas nunca com esse sonho que a maioria das teen ages tem de se casar. Até que ela “trintou” e começou a ver suas amigas se casando e tendo filhos. Além disso, a pressão e expectativa alheias a fez pirar um pouquinho. Era uma tal de “Vai casar quando?” “E os filhos quando vem?” que ela, mesmo sem querer, surtou um pouquinho. Começou a finalmente fantasiar o príncipe do cavalo branco.

Foi quando conheceu Diego, num casamento em que foi trabalhar. Ele era convidado de um convidado. Ivana era fotógrafa, tinha a missão de fotografar a festa e os noivos. Enquanto a cerimônia acontecia, ele se aproximou e puxou papo. O danado passou a noite toda seguindo-a com o olhar, oferecendo-lhe doces, bebidas… e ela firme e concentrada em seu ofício, negando. Até que o momento trabalho acabou e chegou seu momento de curtir a festa. Foi ele Diego se aproximou, ela se rendeu, e eles passaram o restante da noite juntos.

Após muitos prosecos, Ivana foi pra casa com uma amiga e acordou de ressaca, meio sem saber o que tinha acontecido, apenas muitas mensagens no celular e a incerteza do que realmente tinha feito. Durante o tiveram, eles trocaram mensagem e, à noite, ela foi convidada a reencontrá-lo. Foi com uma amiga e ele com um amigo. Lá, descobriu que ele morava na Gloria, no Rio de Janeiro, e se despediu já pensando na possibilidade de um breve reencontro. Desta vez lá, na cidade maravilhosa.

A maluquice foi tamanha que, estressada por conta de um trabalho, entrou na internet e comprou uma passagem para o Rio. Tinha muito tempo que não ia lá. Diego foi buscá-la no aeroporto e levou-a para casa de Mônica, sua amiga e anfitriã por aqueles dias. Logo, marcaram um encontro pra noite. Ficaram juntos, Ivana estava pisando em nuvens. Tudo acontecendo exatamente como pensou. Dias antes, fuçou seu Orkut para conhece-lo mais. Achou seu corpo interessante e ficou fascinada pelo seu estilo de vida. Ele adorava viajar. Nos outros dois dias Diego sumiu e Ivana, bancando a descolada, decidiu rever os amigos cariocas que há muito não via. É claro que ficou dividida. Metade se divertindo com os amigos e metade querendo entender o que tinha realmente acontecido.

Eis que no outro dia, Diego reaparece como se nada tivesse acontecido, como se os dias em branco nunca tivessem existido. Ivana foi para a Glória, conheceu alguns amigos dele e, aos poucos, foi percebendo que ninguém o levava muito a sério. Tarde demais, Ivana já estava apaixonada. A partir dali, a Glória passou a ser um ponto certo de passagem. Ela estava hospedada em Copacabana. Então, como uma legítima nativa, já sabia o que fazer. Ia pra estação Siqueira Campos, pegava o metrô e descia na estação Gloria.

Voltou pra Salvador e de lá ficou tentando manter uma relação que, de fato, era unilateral, mas que pra ela era a chance de realizar seu sonho emergente. Nem bem chegou à Salvador, comprou passagem para voltar ao Rio no verão. Era para ficar 10 dias, ficou 28, baseada na troca de passagem e na intenção desse “louco amor”. Diego aparecia, sumia, reaparecia, sumia de novo e ela atribuindo isso a alguma dor de amor vivida por ele, que lhe causou algum trauma.

Num desses dias no Rio, Diego precisou viajar a trabalho para Fortaleza e Ivana resolveu, enfim, seguir os conselhos de seus muitos amigos e sair com eles para se divertir. O cumulo foi nessa saída ela ter a possibilidade de conhecer outros gatos bacanas e o cara ficar de lá mando mensagens de quinze em quinze minutos falando o que estava fazendo, comendo e etc. O que seria uma noite de diversão na Lapa, acabou virando um flerte “via” SMS. Com se não bastasse, em sua volta, nem bem chegou em casa, Diego ligou para Ivana e marcaram um almoço. De repente ele ficou com medo de perder a paquera disponível. E no almoço já marcaram o encontro da noite.

Tudo parecia perfeito para Ivana, mas Diego era estrando e sempre que bebia se transformava. No outro dia de manhã, de ressaca, ele resolveu “terminar tudo”. Ela deu um OK e foi viver os dias restantes curtindo o Rio de janeiro. Quem “diz que” conseguiu? O cara ficava mandando mensagens a cada meia hora, a cada duas horas, a cada quatro horas. E ela ficava achando que, no fundo, ele gostava dela. Foi então que ela inventou uma desculpa para reencontrá-lo. Pediu para ele ajudá-la a se mudar da casa de uma amiga para outra. Ele foi e depois saíram para andar pela praia. Lá ele confessou estar triste, disse que queria voltar pra casa, deixou-a em casa e sumiu. Ela ficou louca, achando ele iria se matar, beber demais, se drogar, ou sei lá, o que fosse ruim e pudesse colocar sua vida em risco.

É claro que os amigos viam, mandavam ela desencanar, esquecer o cara, que ele não tinha nada demais… Mas ela não acreditava. Ou pelo menos, não queria. Fazia qualquer coisa para passar na Gloria e estar mais perto dele. Qualquer desculpa, era desculpa.

Quando estava para voltar à Salvador, ele se ofereceu para levá-la ao aeroporto. Lá, disse-lhe que eles se encontrariam no carnaval e que gostaria que eles saíssem em algum bloco juntos. A louca foi trás de abadá para os dois.

E foi dessa migalha que ela viveu os próximos dias. Pensando nos momentos que viveria com ele no carnaval. É claro que foi só ilusão, né? Ele foi, ficou com ela um dia e no outro dia sumiu. Meses depois, descobriu que era um dia com ela e o outro com uma namoradinha nova. No último dia de carnaval, eles ficaram juntos na avenida e ele foi direto para o aeroporto. Foi o pior carnaval de sua vida, de certo. Mesmo estando com ele, sabia que não estava.

E os meses que se seguiram foram exatamente assim. Com Ivana e seu amor de migalha. Quando ela estava esquecendo, ele ligava, mandava um torpedo, escrevia uma mensagem no “finado” Orkut… Se fazia presente, mesmo ausente. Até que ela se cansou e decidiu se curar. Como? Foi atrás dele. Segundo ela, seria como mordida de cobra, que se cura com o próprio veneno. Foi decidida a revelar o quanto estava apaixonada e a observá-lo em seus piores defeitos. Foi com uma amiga dando-lhe cobertura. Saíramos vários dias juntos, como “amigos”. Ele jogando charme e ela se fingindo de louca.

O momento “ACABOU” chegou quando estava indo embora e ele se ofereceu para levá-la ao aeroporto. Ela tinha um perfume, que usava há muitos anos e que, muitas vezes, ele falou o quanto gostava daquele cheiro. Nesse dia, ao entrar no carro, ele perguntou-lhe onde vendia, pois queria comprar todos e execrar da face da terra. Ela lhe respondeu de forma torta, disse que queria descer. Ele pediu-lhe desculpas e ela, mais uma vez, ficou. Foi embora pra casa com aquelas palavras machucando seu juízo. Não pelo perfume, mas porque sabia que a intenção era humilhá-la, machucá-la. Depois disso, foram mais alguns dias revistando o passado ruim, refletindo, colocando na balança aquela relação, chorando, pensando e reavaliando. Saiu com amigos, foi a boates, beijo muito na boca… Até que, num belo dia, como num passe de mágicas, ela decidiu. Escreveu um poema, colocou num blog, mandou por e-mail para seus amigos, inclusive ele, e decidiu seguir.

Eis o poema:

Se eu não disse antes, digo agora. 

Se eu não disse antes foi por medo…

de mim, de você, de nós, de vós, deles, de perder, de te perder, de me perder…

Se eu não disse antes era porque achava que os sapos dos brejos eram príncipes e não sapos.

Se eu não disse antes era porque era tonta, porque achava que os seus textos clichês eram poemas para mim,

era porque julgava seu mundo melhor, sua visão melhor, seu cheiro melhor, sua boca melhor… tudo seu era melhor.

Se eu não disse antes era porque achava que amar, transar, fornicar, prevaricar… era só aquilo…

era porque achava que a sua cachaça era melhor do a minha água,

era porque achava que viver era ter você, era ser você.

Se eu não disse antes era porque ANTES acreditava que pouco era muito, que esmola era loteria…

não entendia direito os sinônimos e antônimos.

Achava que ouvir um “fala, mala!” era o mesmo que “fala, mulher mais linda do mundo!”.

Era porque achava que, no fundo, sua grosseria, era o seu jeito de dizer “eu te amo!”.

Por isso, vim aqui num ato solene, te dizer algo que só agora tenho coragem.

Algo tão profundo, tão sincero, tão meu, tão seu, tão nosso, que se torna um tanto delicado.

Falo por mim, por você, por ele, por eles, por meus amigos, por meus conhecidos, por meus vizinhos, por meus familiares…

por tantas mil gentes que vivem histórias tão singulares que até me sinto uma espécie de porta voz.

Falo pelos xingamentos, pelas ofensas gratuitas, pelos desprezos, pelos silêncios indesejados, pelas péssimas brincadeiras,

pelas mentiras, pela psicopatia, pela diversão em ver o sofrimento alheio…

Hoje, forte e capaz, feliz por vezes, livre, decidida, organizada, amada, pensativa, reflexiva, chorosa…

Falo por tudo que vivemos e não vivemos…

Falo, dedico, desejo, almejo, solicito, imploro, rogo, canalizo…

Mas não pense que é de forma prazerosa.

É da forma menos desejosa e mais dolorosa que um ser (humano?) sonha…

Quero que você de F*DA. Com F (maiúsculo, minúsculo), PH, aqui, acolá, em todo lugar…

enfim… F*DA-SE!!!

E no outro dia a mágica se completo. Ela conheceu aquele cara que, sem dúvida é e será o homem de sua vida: Matheus. E como nas histórias de príncipes e princesas, ele chegou tranquilo, sereno, sincero, cavalheiro e cheio de amor para dar. Prova de que o universo conspira e que quando a gente quer de verdade, ele está ligado, para nos dar o que a gente realmente merece.

 Essa história é meramente ficção. Qualquer semelhança com outras é meramente coincidência.